De acordo com o estudo liderado por físicos do MIT, publicado na terça-feira (17) no periódico Physical Review D., se a maior parte da matéria escura do universo for composta por partículas microscópicas de buracos negros primordiais -- que teriam se formado nos primeiros segundos após o Big Bang --, essas partículas disparariam pelo universo e ariam pelo nosso Sistema Solar pelo menos uma vez a cada dez anos.

A agem dos buracos negros microscópicos por aqui causaria uma pequena oscilação na órbita de Marte que, caso seja detectada, provaria que a teoria está certa.

Leia mais

Matéria escura

Menos de 5% de toda a massa do universo é feita de coisas visíveis, como os objetos de nosso cotidiano, os planetas e estrelas. O resto é composto de matéria escura, uma forma hipotética de matéria que é invisível e misteriosa, mas que os cientistas acreditam que permeia o nosso universo, exercendo uma força gravitacional grande o suficiente para afetar o movimento dos corpos celestes e galáxias.

A possibilidade de que essa matéria escura exista como buracos negros microscópicos formados nos primórdios do universo foi introduzida nos anos 1970, e pode ser que os astrônomos encontrem provas que a sustentem dessa vez.

A maioria desses pequeninos buracos negros poderia ser tão pequena como um átomo e com um peso maior que um asteroide, exercendo uma grande força gravitacional mesmo que não possam ser vistos. E, segundo os pesquisadores, eles estariam viajando pelo universo, com a probabilidade de que em pelo nosso Sistema Solar em algum momento.

Se eles arem perto de Marte, por exemplo, o encontro geraria um pequeno desvio na órbita do planeta. Se esse desvio for detectado, será um o mais perto de explicar se a teoria dos pequenos buracos negros primordiais é plausível, e se a matéria escura que compõe nosso universo vem deles.

Tópicos
AstronomiaBuraco negroEspaçoMarteMatéria escura