Telescópio Hubble completa 35 anos em 2025   •  Nasa
LEDA 1313424, apropriadamente apelidada de Bullseye, tem duas vezes e meia o tamanho da nossa Via Láctea e tem nove anéis — seis a mais do que qualquer outra galáxia conhecida
Foto tirada pelo Hubble da galáxia LEDA 1313424, apropriadamente apelidada de Bullseye, tem duas vezes e meia o tamanho da nossa Via Láctea e tem nove anéis — seis a mais do que qualquer outra galáxia conhecida   •  Nasa, ESA, Imad Pasha (Yale), Pieter van Dokkum (Yale)
Nasa compartilhou a imagem que mostra o local onde são encontradas as estrelas mais massivas já registradas, com cerca de 200 vezes a massa do Sol
Nasa compartilhou a imagem tirada pelo Hubble que mostra nebulosa onde são encontradas as estrelas mais massivas já registradas, com cerca de 200 vezes a massa do Sol   •  ESA/Hubble & NASA, C. Murray
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"Enxame" de pequenos buracos negros detectados pelo Hubble no aglomerado globular NGC 6397   •  ESA Hubble
Esta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra uma galáxia espiral, chamada UGC 10043. Localizada a aproximadamente 150 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Serpens, a UGC 10043 é uma das raras galáxias espirais que vemos de lado   •  ESA/Hubble & NASA, R. Windhorst, W. Keel
Foto tirada pelo Hubble da M1, a Nebulosa do Caranguejo, é o remanescente de uma supernova vista no ano 1054 d.C.   •  NASA, ESA, J. Hester e A. Loll (Universidade Estadual do Arizona)
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Imagem feita pelo telescópio Hubble mostra como são vistos os Pilares da Criação, nuvens gigantes de gás e poeira, na Nebulosa da Águia   •  NASA, ESA/Hubble
Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hublle da região de estrelas conhecida como IRAS 16562-3959
Imagem feita pela Telescópio Espacial Hubble de uma região de formação de estrelas conhecida como IRAS 16562-3959   •  ESA/Hubble & NASA, R. Fedriani, J. Tan
Duas galáxias em fusão no sistema VV-689 capturadas pelo Hubble   •  ESA/Hubble & NASA, W. Keel.Ackno
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Hubble captura um par peculiar de galáxias espirais, a cerca de 800 milhões de anos-luz de distância   •  Nasa
Telescópio em sua órbita em março de 2002
LEDA 1313424, apropriadamente apelidada de Bullseye, tem duas vezes e meia o tamanho da nossa Via Láctea e tem nove anéis — seis a mais do que qualquer outra galáxia conhecida
Nasa compartilhou a imagem que mostra o local onde são encontradas as estrelas mais massivas já registradas, com cerca de 200 vezes a massa do Sol
Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hublle da região de estrelas conhecida como IRAS 16562-3959
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Nesta quinta-feira (24), o telescópio Hubble completa 35 anos de observações espaciais, trazendo diversos avanços na astronomia e mudando a maneira como nós observamos o espaço.

O instrumento foi lançado em 24 de abril de 1990, como uma parceria entre a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) e a ESA (Agência Espacial Europeia) para entender melhor o Universo. Ele fica localizado a cerca de 515 quilômetros da Terra, em uma órbita considerada baixa, e já registrou mais de um milhão de observações ao longo dessas três décadas.

As imagens obtidas pelo telescópio já geraram mais de 21 mil estudos e 1,2 milhões de publicações fazem referência a essas primeiras. O Hubble já ajudou cientistas a determinar a composição atmosférica de planetas, descobrir mais sobre a energia escura e a entender o Universo como um todo.

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Colocar o Hubble em órbita foi uma tentativa de driblar as dificuldades encontradas para observar o espaço com telescópios na superfície terrestre, já que a atmosfera de nosso planeta bloqueia alguns comprimentos de onda e torna as fotos espaciais menos nítidas.

Em órbita, o telescópio consegue evitar essas interferências e capturar imagens com mais detalhes e mais fiéis à realidade.

O futuro do Hubble

No ano ado, os cientistas responsáveis por manter o telescópio funcionando estabeleceram uma nova maneira de operar o equipamento para evitar defeitos de observação e garantir que ele siga funcionando pelo menos até a próxima década.

Tradicionalmente, o Hubble operava com seis giroscópios – ferramentas que determinam a direção para a qual ele aponta –, mas com vários deles apresentando defeitos de funcionamento ao longo do tempo, o telescópio interrompeu suas observações do universo diversas vezes ao longo de 2024. Por conta disso, a equipe da Nasa decidiu ar a operar o Hubble com apenas um giroscópio funcional e outro de reserva para ser acionado no futuro.

“Acreditamos que esta é a nossa melhor abordagem para dar e à ciência do Hubble nesta década e na próxima, já que a maioria das observações no espaço não serão afetadas por essa mudança”, disse Mark Clampin, diretor da Divisão de Astrofísica da Diretoria de Missões Científicas da Nasa, na época.

No entanto, a mudança vem com limitações.

O telescópio precisará de mais tempo para se deslocar e fixar nos objetos que está observando, o que reduz sua eficiência e flexibilidade – ou seja, ele conseguirá fazer menos observações num espaço de tempo.

A expectativa é de que o Hubble opere até meados da década de 2030, com suas observações cósmicas complementando o trabalho do Telescópio Espacial James Webb – lançado em 2021 – e de futuros observatórios que ainda não foram lançados.

“Não vemos o Hubble como estando em seus últimos dias e achamos que ele é um observatório muito capaz”, disse Patrick Crouse, gerente de projeto do Telescópio Espacial Hubble no Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa, em 2024.

*Com informações de Giovana Christ, da CNN

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