As pesquisas começaram oficialmente em fevereiro de 2024 e a meta é que a ferramenta consiga completar 15% de sua missão no primeiro ano de atividade. A previsão de vida útil é de seis anos, com possibilidade de prorrogação a depender da quantidade de gás para propulsão que ainda estiver disponível.

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O Euclid faz parte de uma missão europeia da ESA com contribuições da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos). O projeto completo conta com 2 mil cientistas de 300 institutos vindos de 13 países da Europa, além de Estados Unidos, Canadá e Japão.

Descobrindo a natureza da matéria escura

A pesquisa a ser feita no espaço deve responder a algumas perguntas como: qual a estrutura e a história da teia cósmica -- filamentos de matéria escura, que muitos astrônomos acreditam formar a base do universo; qual a natureza da matéria e da energia escura; como a expansão do Universo mudou ao longo do tempo; e confirmar se a nossa compreensão da gravidade está completa.

Veja imagens já obtidas pelo telescópio Euclid

Além disso, o Euclid realizará análises com infravermelho de centenas de milhões de galáxias e estrelas no mesmo céu, permitindo que os cientistas investiguem em detalhes as propriedades químicas e os movimentos de muitos alvos de estudo.

Veja abaixo um vídeo que apresenta o telescópio (em inglês).

Estrutura

Nomeado em homenagem ao matemático grego Euclides de Alexandria, o telescópio mede 4,7 metros de altura e 3,7 metros de diâmetro. Sua estrutura é formada por dois módulos: o de serviço, que carrega sistemas de satélite com ferramentas para processamento de dados, propulsão, geração e distribuição de energia elétrica, entre outros; e o de carga útil, que leva um telescópio, uma câmera de comprimento de onda visível e um espectrômetro de infravermelho.

O Euclid pesa no total duas toneladas e está em um ponto da órbita chamado Lagrange Sol-Terra 2 (L2), ficando a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da superfície da Terra. Nesta mesma localidade estão os telescópios espaciais Gaia e Webb.

 

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