A chuva de meteoros deve atingir o pico durante a noite entre 3 e 4 de janeiro, de acordo com o portal Time And Date. E embora as Quadrântidas sejam bem mais visíveis do Hemisfério Norte do que do Hemisfério Sul, também existe a chance de avistá-las do Brasil, principalmente se você morar mais ao norte do país.
Os meteoros são restos de asteroides quebrados e partículas de cometas que se espalham em trilhas de poeira orbitando o Sol. Todos os anos, a Terra a por essas trilhas de detritos, e os pedaços de poeira e rocha criam exibições coloridas e brilhantes no céu à medida que se desintegram na atmosfera terrestre, as chamadas chuvas de meteoros.
A chuva das Quadrântidas é notoriamente difícil de observar, já que o seu breve pico dura apenas cerca de seis horas, ao contrário de outras chuvas de meteoros que tendem a permanecer no pico por cerca de dois dias.
A duração menor acontece porque essa chuva tem apenas um fino fluxo de partículas e a Terra a rapidamente pela concentração mais densa dessas partículas em um ângulo perpendicular, de acordo com a Nasa.
A chuva é particularmente difícil de observar do Hemisfério Sul, pois ela atinge seu pico quando já estará amanhecendo por aqui.
No entanto, pouco antes do amanhecer do dia 4 de janeiro, talvez seja possível observar as Quadrântidas próximas à linha do horizonte, olhando para o céu na direção nordeste.
Quanto mais ao norte do país, maior a chance de conseguir observar a chuva.
No site Time And Date é possível pesquisar em que horário as Quadrântidas atingirão o pico em sua cidade e se o radiante (ponto no céu de origem da chuva de meteoros) estará acima da linha do horizonte, tornando maior a possibilidade de observar o fênomeno.
Segundo portal Time And Date, tudo que você precisa é de um céu claro, sem nuvens e bastante paciência. Além, é claro, de saber se está olhando para o local certo no céu -- o mapa interativo do site pode ajudar com isso.
Se o nome da chuva de meteoros soa estranho, provavelmente é porque não parece estar relacionado a nenhuma constelação que conhecemos hoje. Isso ocorre porque a constelação das Quadrântidas não existe mais – pelo menos não é mais reconhecida como uma.
A constelação Quadrans Muralis, observada e notada pela primeira vez em 1795, não está mais na lista de constelações modernas da União Astronômica Internacional porque é considerada obsoleta e não é mais usada como ponto de referência para a navegação celestial, de acordo com a EarthSky.
Tal como a chuva de meteoros Geminídeas, as Quadrântidas provêm de um asteroide ou “cometa rochoso”, em vez de um cometa gelado, o que é incomum. Este asteroide em particular é o 2003 EH1, que leva 5,52 anos para completar uma órbita ao redor do Sol e mede 3,2 quilômetros de diâmetro.
Mas os astrônomos acreditam que um segundo objeto, o cometa 96P/Machholz, também contribui para a chuva, de acordo com a EarthSky. Este cometa orbita o Sol a cada 5,3 anos.
Confira o calendário de chuvas de meteoros em 2024 aqui.
*Com informações da CNN Internacional