De acordo com Cristiane Zambolim, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a intensa onda de calor pode causar sintomas associados à desidratação e queda de pressão arterial.
"Quando a sensação térmica está muito alta, acima de 40 ºC, fica difícil para o nosso corpo realizar a termorregulação", explica, em entrevista à CNN. "O corpo vai fazer de tudo para manter a temperatura corporal, que está entre 36 e 37,2 ºC, aproximadamente. O mecanismo para fazer isso é o suor. Então, quando está muito calor, o corpo libera suor, aumenta a frequência cardíaca, aumenta a respiração, levando a um maior cansaço e indisposição", acrescenta.
Entre os sinais de alerta relacionados às altas sensações térmicas, segundo a cardiologista, estão:
Ainda de acordo com Zambolim, todas as pessoas podem sentir os impactos relacionados à alta sensação térmica. No entanto, alguns grupos são mais suscetíveis a complicações graves de saúde. É o caso de crianças e idosos.
"Tanto a criança quanto o idoso não têm musculatura e a pele grossa o suficiente para proteger [contra o calor]", afirma. "Quando envelhecemos, e quando somos um bebê, não temos esse 'couro' grosso, ainda. Não temos colágeno e musculatura o suficiente. Então, essas pessoas são mais suscetíveis à riscos, porque esse mecanismo de troca de temperatura interna e externa fica mais complicado", acrescenta.
Além disso, pessoas com cardiopatias também possuem maior risco de complicações graves à saúde relacionadas ao calor extremo. "Pacientes que já têm problemas de saúde, que já tiveram um AVC [acidente vascular cerebral], por exemplo, possuem maior dificuldade para se adaptar a essas temperaturas extremas e calor contínuo. Eles vão perdendo mais líquido, levando à hiperviscosidade sanguínea e, consequentemente, levando a maior indisposição", completa.
Para se proteger do calor extremo e da alta sensação térmica, alguns cuidados são essenciais. Entre eles: