A pesquisa analisou um paciente do sexo masculino, de 40 anos, sem comorbidades, natural do Brasil e proveniente de Londres, que relatou lesões eritemato‐descamativas pruriginosas nos membros inferiores e glúteos iniciadas em janeiro de 2024.

Através de testes laboratoriais avançados, foi confirmada a a presença do Trichophyton indotineae no paciente, em março do ano ado, após atendimento dermatológico realizado em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Primeiro caso de Trichophyton indotineae foi diagnosticado no Brasil em 2024 • Divulgação
Primeiro caso de Trichophyton indotineae foi diagnosticado no Brasil em 2024 • Divulgação

O brasileiro relatou viagens curtas e frequentes durante o segundo semestre de 2023 para Áustria, Eslováquia, Hungria e Polônia em agosto, e para Escócia e Turquia em novembro e dezembro.

Embora medicamentos tenham levado o quadro à remissão clínica completa, em maio de 2024, o fungo evoluiu com recaída após a descontinuação do tratamento. Com novo ciclo de cuidados, o paciente evoluiu com o mesmo resultado: boa resposta inicial seguida de recaída quatro dias após a descontinuação do tratamento.

Após análise do quadro, a preocupação dos especialistas é a resistência do fungo a medicamentos comumente utilizados para o tratamento de dermatofitoses.

O caso reforça a necessidade de vigilância epidemiológica e novas estratégias terapêuticas. O estudo completo pode ser ado no site dos Anais Brasileiros de Dermatologia.

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