“Estou me acostumando com a minha bolsinha de colostomia. Sim, eu tive que colocar uma bolsa de colostomia, dessa vez definitiva, e não provisória como foi a do ano ado. Dessa vez vou ficar para sempre com essa bolsinha e sou muito grata a ela por isso. Estou me acostumando”, conta em vídeo publicado no Instagram.
A colostomia é uma cirurgia para criar uma abertura para o intestino grosso (também chamado de cólon) através do abdômen. Ela pode ser de curto prazo (temporária) ou longo prazo (definitiva).
De acordo com a Johns Hopkins Medicine, a colostomia não muda a forma como o sistema digestivo funciona todo: normalmente, ao engolir um alimento, ele a pelo esôfago e, em seguida, chega ao estômago. De lá, ele viaja para o intestino delgado e, posteriormente, para o intestino grosso.
Horas ou dias depois, o resíduo deixa a área de armazenamento, no reto, e sai pelo ânus em formato de fezes. A colostomia interrompe uma parte desse processo. Ao invés de seguir para o reto, as fezes são eliminadas ainda no intestino grosso, sendo armazenadas na bolsa de colostomia.
A bolsa de colostomia pode ser necessária em quadros de saúde em que o cólon ou o ânus não podem ser usados como normalmente. Segundo a Cleveland Clinic, os casos de colostomia temporária são comuns em condições como:
Já a colostomia definitiva, como Preta Gil, é mais comum em:
A cirurgia de colostomia não é complexa e é feita sob anestesia geral. Ela pode ser feita como cirurgia aberta, com um corte principal, ou laparoscopicamente, com vários cortes minúsculos e, através de uma câmera e instrumentos especiais, o cirurgião realiza a cirurgia.
Existem três tipos de cirurgia de colostomia:
O tipo de cirurgia a ser realizada será definida pelo médico-cirurgião, considerando a melhor opção para determinada situação.
Depois que a cirurgia é feita, o cirurgião anexa a bolsa de colostomia à pele do paciente. Também existem diferentes tipos de bolsa, incluindo fechadas, drenáveis e mini bolsas -- a escolha leva em consideração necessidades individuais.
Segundo o Johns Hopkins Medicine, os riscos da colostomia são os mesmos de outras cirurgias, podendo incluir problemas relacionados à anestesia e reações adversas a medicamentos. Além disso, existem riscos como de sangramento, danos em órgãos próximos ou infecções.
Para se preparar para a colostomia, é importante que o paciente discuta as opções, riscos e benefícios com o profissional de saúde de confiança. Caso não seja um procedimento de emergência, o médico prescreverá instruções sobre dieta e uso de medicamentos antes da cirurgia.
Após o procedimento, o paciente também deverá seguir uma dieta específica nos primeiros dias pós-cirúrgicos. A equipe de profissionais de saúde orientará sobre como cuidar da bolsa de colostomia e do estoma (abertura feita no abdômen). Também podem ser prescritos medicamentos para dor.