Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (29), na condição de testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ele afirmou que há anos "as pessoas questionam as urnas".

"Eu me lembro de cobrar empenho dos ministros para eles defenderem um pouco mais o governo e me lembro também de uma questão sobre a urna eletrônica, mas que não me parece nenhuma novidade, já que muitas pessoas no Brasil, desde 2007, questionam as urnas. Então, honestamente, não me chamou atenção. Ela deve ter durado um bom tempo, mais de uma com certeza", disse.

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Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) identificou a gravação da reunião ministerial citada em um computador apreendido com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.

Dentre os presentes na reunião, estavam ministros de Estados e comandantes das Forças Armadas. Na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele cita ter havido "pressão sobre os participantes da reunião e a imposição de insistência na narrativa de fraude eleitoral".

Junto a outras 30 pessoas, incluindo Bolsonaro, Anderson Torres é réu na ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o plano de golpe de Estado que teria sido arquitetado no contexto da última eleição presidencial.

O depoente sustentou que, "de jeito nenhum" teria sido tratado, naquela reunião em julho, algum plano ou abolição do Estado Democrático de Direito.

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