De acordo com Meirelles, a percepção dos preços dos alimentos é um dos principais elementos que afetam a avaliação do governo. "Não é o alimento em si ou os produtos da cesta básica, mas é aquilo que as pessoas compram todo dia. Isso faz com que a percepção de preço cresça", explicou.
Outro fator apontado pelo especialista é a aparente incapacidade do governo de se conectar com a população.
O presidente do Instituto Locomotiva ressaltou que o maior desafio do governo Lula não é econômico nem de comunicação, mas sim de perspectiva. "A crise que nós temos hoje é uma crise de perspectiva. Qual é o sonho que o governo está oferecendo?", questionou.
Meirelles argumentou que o governo precisa oferecer uma visão de futuro para os brasileiros. "Se o governo, nessa reta final, for capaz de encontrar e oferecer o sonho da população, talvez ele consiga reverter essa baixa na popularidade", sugeriu, lembrando que Lula já conseguiu superar crises de popularidade no ado, como durante o escândalo do Mensalão.
O especialista concluiu que a falta de programas inovadores também contribui para a queda na aprovação do presidente. "Você tem uma grande colcha de retalhos de programas do ado sendo requentados", observou, indicando a necessidade de propostas mais atuais e atrativas para a população.