Fux criticou o fato de Cid ter feito diversos depoimentos no acordo de delação premiada, e acusou o militar de "omissão". "Não tenho a menor dúvida de que houve omissão. Tanto houve omissão que houve nove delações", disse.
A declaração foi feita no momento em que a Primeira Turma do STF discutia o pedido feito pelos advogados dos denunciados para anular a delação de Mauro Cid. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido.
Os demais integrantes da Primeira Turma acompanharam o entendimento de Moraes por unanimidade — inclusive Fux, apesar das críticas à delação.
"Vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora acrescentando uma novidade. Mas me reservo a analisar ilegalidade ou ineficácia dessa delação no momento específico", disse o ministro.
A Primeira Turma suspendeu nesta terça-feira o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado.
A análise do caso será retomada na quarta-feira (26), às 9h30. O julgamento será retomado na quarta com a votação sobre o recebimento ou a rejeição da denúncia apresentada pela PGR.
Caso os ministros aceitem a denúncia da PGR, os investigados se tornarão réus e arão a responder ao processo na Suprema Corte, onde poderão ser considerados culpados ou inocentes.
A Suprema Corte realizará os julgamentos seguindo a divisão da denúncia da PGR que separou os 34 denunciados em cinco núcleos. Além de Bolsonaro, integram o grupo: