O pedido aconteceu em uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) e tramita em sigilo, sendo confirmado pela CNN. Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, a medida foi solicitada por conta da viagem da parlamentar ao exterior.
Mais cedo, Zambelli anunciou que deixou o Brasil. Ao analista de política da CNN Caio Junqueira, ela disse que saiu do país rumo aos Estados Unidos pela Argentina.
A deputada foi condenada a dez anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O trajeto foi feito inicialmente de carro de São Paulo até Foz do Iguaçu (PR), onde atravessou a fronteira para Puerto Iguazu, na Argentina. De lá, Zambelli pegou um avião até Buenos Aires e, após isso, para Miami.
De acordo com a parlamentar, ela pretende ficar na Europa e deve pedir licença do mandato como deputada. O motivo teria sido a busca de um tratamento médico. Em entrevista à CNN, a deputada afirmou que deve morar na Itália por ter a cidadania italiana e, por este motivo, é "intocável" no país.
Por unanimidade, a deputada foi condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, em 2023.
O hacker Walter Delgatti, que teria atuado com Zambelli, foi a condenado a oito anos de prisão. Ambos também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões.
No STF, a política do PL também responde por crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A deputada foi acusada de perseguir um homem com arma em punho durante as eleições de 2022.
Ela não foi condenada, e o julgamento foi interrompido em março após o ministro Nunes Marques pedir mais tempo para análise. Com o prazo de 90 dias, a ação deve ser retomada no segundo semestre desse ano.
Na última sexta-feira (30), Carla Zambelli resolveu "transferir" seus perfis nas redes sociais para a mãe e lançá-la à política.
Ela anunciou que Rita Zambelli é sua pré-candidata à Câmara dos Deputados em 2026. Além dela, João, seu filho, também foi colocado como pré-candidato a vereador de São Paulo em 2028.
A parlamentar argumentou haver "perseguição política".
Zambelli foi reeleita em 2022 para o cargo de deputada federal com a segunda maior votação de São Paulo: foram 946,2 mil votos, atrás apenas de Guilherme Boulos (PSOL), com pouco mais de 1 milhão, e à frente de Eduardo Bolsonaro (PL), com 741,7 mil.