Zambelli explicou que, por possuir aporte italiano, não pode ser extraditada da Itália. "Se eu tenho o aporte italiano, ele pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália", declarou a deputada.
"Eu não temo, porque eu sou cidadã italiana e lá eu sou intocável", acrescentou Zambelli.
A parlamentar foi condenada pelo STF por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Contudo, Zambelli alega ser vítima de perseguição política e afirma que não há provas contra ela.
"Eu tô sendo presa por perseguição política, não há provas contra mim", argumentou.
Quando questionada se não temia ficar marcada na história como alguém que não conseguiu entender os instrumentos democráticos ou que preferiu fugir a enfrentar uma pena no Brasil, Zambelli foi enfática: "Eu iria pra prisão se eu tivesse peso na consciência, se eu tivesse feito alguma coisa errada".
A deputada também mencionou que não informou seu advogado sobre a decisão de deixar o país, afirmando que o fez para protegê-lo. "Eu fiz isso pra não prejudicar ele, pra não colocar ele com uma lupa em cima dele", explicou.
Zambelli criticou o processo que levou à sua condenação, alegando que não teve direito à ampla defesa. "Eles não deixaram meu advogado falar na sessão, foi uma sessão online, sem direito a plenário nem virtual", afirmou a parlamentar, questionando a legitimidade do julgamento.