Operação Hammare em Jandira (SP) • Polícia Federal
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou 17 pessoas à Justiça na última sexta-feira (23). Os acusados são investigados por roubos de cargas, desmanche de veículos e lavagem de dinheiro em São Paulo e Minas Gerais, entre 2019 e 2023. Os nomes dos indivíduos não foram divulgados.
Relembre detalhes da Operação Hammare.
O Ministério Público afirma que o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas para a execução dos roubos, receptação de itens e gestão financeira dos desmanches.
Segundo o MP, os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos para bloquear rastreadores de caminhões, mantinham as vítimas em cárcere privado e utilizavam empresas de fachada para movimentar os valores ilícitos.
A denúncia detalha três roubos de caminhões ocorridos entre outubro de 2023 e março de 2024 em Minas Gerais e São Paulo. Em todos os casos, os motoristas foram rendidos com arma de fogo e mantidos em cativeiro enquanto os veículos e bens eram subtraídos.
Ainda conforme a denúncia, os caminhões roubados eram desmontados e as peças revendidas para empresas receptadoras. A organização criminosa movimentava grandes quantias em dinheiro por meio de empresas ligadas aos investigados, com indícios de transações fraudulentas para ocultar a origem ilícita dos recursos.
A atuação de empresas e pessoas físicas interpostas era essencial para a dissimulação dos lucros obtidos com os crimes. O Gaeco solicitou a manutenção das medidas cautelares já em vigor.
Entre as medidas requeridas estão o sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias, prisões preventivas, monitoramento eletrônico e proibição de contato entre os investigados.
A denúncia detalha a complexa estrutura da organização criminosa, evidenciando a sofisticação do esquema de roubo de cargas, desmanche e lavagem de dinheiro.