Corinthians, VaideBet e PCC: entenda a investigação policial   •  Montagem CNN
Policiamento reforçado no entorno do Parque São Jorge antes da votação do impeachment de Augusto Melo, presidente do Corinthians
O caso envolvendo a patrocinadora desestabilizou a política do clube, e culminou na abertura do pedido impeachment de Augusto Melo, presidente do Corinthians   •  Raul Moura/CNN
Augusto Melo com o boné da VaideBet no dia de apresentação da patrocinadora
Augusto Melo com o boné da VaideBet no dia de apresentação da patrocinadora   •  Foto: Jozzu/Ag. Corinthians
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Marcelo Mariano chega para presta depoimento à polícia
Marcelo Mariano chega para presta depoimento à polícia   •  Raul Moura / CNN
O empresário Vinicius Gritzbach, que estava jurado de morte pelo PCC, morreu após atentado no Aeroporto de Guarulhos, na tarde desta sexta (8)
UJ Football Talent Intermediação foi citada por Vinicius Gritzbach, delator do PCC. A empresa intermediou as negociações entre clube e casa de apostas.   •  Reprodução/Redes Sociais
Policiamento reforçado no entorno do Parque São Jorge antes da votação do impeachment de Augusto Melo, presidente do Corinthians
Augusto Melo com o boné da VaideBet no dia de apresentação da patrocinadora
Marcelo Mariano chega para presta depoimento à polícia
O empresário Vinicius Gritzbach, que estava jurado de morte pelo PCC, morreu após atentado no Aeroporto de Guarulhos, na tarde desta sexta (8)
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A investigação sobre o contrato de patrocínio entre Corinthians e VaideBet, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado, rastreou o caminho dos recursos pagos em comissão pelo acordo. A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, com a quebra de sigilos bancários, revelou contas pelas quais circularam R$ 1,4 milhão.

Esse dinheiro, pago em comissão pelo patrocínio, teria chegado a uma conta denunciada ao Ministério Público pelo empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. Gritzbach foi um delator do PCC.

A investigação detalha que os valores, desviados em duas remessas de R$ 700 mil em março de 2024, foram transferidos para a conta da Rede Social Media Design, empresa de Alex Cassundé. A empresa de Cassundé, por sua vez, realizou dois rees para a Neoway Soluções Integradas.

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Ainda em março do ano ado, a Neoway transferiu cerca de R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que fez mais três transferências para a UJ Football Talent Intermediação, totalizando cerca de R$ 870 mil.

Foi justamente a UJ Football Talent Intermediação que foi citada por Antonio Vinicius Lopes Gritzbach em delação feita a promotores de Justiça.

Gritzbach afirmou em sua delação que a UJ seria informalmente controlada por Danilo Lima, conhecido como “Tripa”. Danilo Lima é apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach morreu em 8 de novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Outro lado

Em nota à CNN, a defesa de Alex Cassundé afimou que o mesmo afirma categoricamente que teve sim contato com a VaideBet, e que sempre teve a melhor e mais cristalina conduta. De acordo com a defesa, documentos mostram o caminho que ele usou para chegar até a VaideBet. “Documentos sobre isso foram oportunamente juntados ao processo e são corroborados com as oitivas”, diz a defesa, que completa que Cassundé manteve contato constante com assessores do clube.

A defesa afirma que Cassundé não tem informação sobre outros intermediários, pois a empresa dele foi a escolhida, após critérios internos do clube, uma vez que já havia participado de outras campanhas do clube.

Já a defesa de Danilo Lima de Oliveira aponta que ele nunca integrou o quadro societário da empresa UJ Football. "Ressaltamos, ainda, que Danilo Lima não possui qualquer envolvimento com os fatos sob investigação, tampouco figura como parte no processo mencionado nas reportagens, não tendo conhecimento dos elementos que compõem o referido caso", diz trecho da nota.

Em nota nas redes sociais, o Corinthians afirmou que, até o momento, não há qualquer demonstração de autoria relacionada aos fatos mencionados.

“O presidente do Clube reafirma seu total apoio às investigações em andamento, bem como a todas as iniciativas que visem apurar eventuais envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro. O Corinthians destaca que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade em suas operações. O Corinthians reitera seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte, apoiando todas as medidas necessárias para garantir a lisura das competições e combater práticas ilícitas no futebol”, completa a nota do clube.

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