Segundo informações preliminares, Wagner estava trabalhando e transportava dois ageiros pela Rua Júlio de Melo quando foi atingido na cabeça. Testemunhas relataram que o crime pode ter ocorrido durante uma tentativa de assalto, mas as circunstâncias ainda não foram totalmente esclarecidas.

Ferido, o motorista foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiu aos ferimentos.

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A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que policiais do 14º BPM (Bangu) foram acionados após a entrada da vítima no hospital. A unidade confirmou o atendimento a um homem ferido por disparo de arma de fogo e reou a ocorrência à Polícia Civil.

A ocorrência foi inicialmente registrada na 34ª DP (Bangu) e, com a confirmação do óbito, o caso será encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que já realiza diligências para identificar os responsáveis e entender a dinâmica do crime.

Segundo relatos, Wagner teria sofrido demora no atendimento e não teria feito exame de tomografia porque não havia aparelho para o peso dele.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que Wagner deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer (HMAS) às 23h17, levado por ambulância dos Bombeiros. Ele apresentava extensa lesão por arma de fogo na região frontal da cabeça, com relato de perda de massa encefálica.

De acordo com a pasta, a vítima foi imediatamente entubada e recebeu todo o e necessário. Às 23h48, a médica responsável solicitou regulação para avaliação da neurocirurgia. O paciente foi direcionado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), unidade de referência em neurocirurgia e com disponibilidade de vaga naquele momento.

No HEGV, Wagner foi atendido pelo neurocirurgião, que contraindicou a realização de cirurgia e recomendou a abertura do protocolo de morte encefálica. Sendo assim, por estar fora de possibilidades terapêuticas, o paciente retornou ao HMAS.

Em nenhuma das duas unidades foi possível realizar tomografia. A pasta afirmou que a realização do exame não alteraria o "óbito inevitável do paciente, devido à posição e a extensão da lesão causada pelo tiro".

Já a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que Wagner foi transferido do Hospital Municipal Albert Schweitzer para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) por decisão do sistema de regulação do município do Rio, sem anuência do HEGV, e cientes de que a unidade não conta com tomografia para pacientes superobesos.

Ao dar entrada no hospital, à 1h46 da manhã, Wagner foi atendido por um neurocirurgião. Diante do quadro clínico, foi indicado exame de tomografia, imprescindível para a realização de cirurgia. A regulação municipal decidiu, então, transferir o paciente para outra unidade hospitalar e Wagner deixou o HEGV às 2h18 da manhã.

Segundo a pasta, as unidades de emergência da rede estadual de saúde, incluindo o HEGV, contam com tomógrafos com capacidade para atender pessoas de até 180 quilos, tendo dimensão de 60 cm de altura por 77 cm de largura. Exames em superobesos são realizados de forma eletiva no Hospital Universitário Pedro Ernesto; e nas unidades do Rio Imagem Baixada e do Centro.