Em nota, a Enel afirmou que "até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca de 2,1 milhões afetados na última sexta-feira".
Ainda de acordo com a Enel, "técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira (7), conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo".
Em entrevista à CNN no sábado (4), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) comparou os ventos que atingiram a cidade na sexta-feira à magnitude de um tornado e disse que o fenômeno pegou a todos de surpresa - motivo pelo qual muitos problemas ocorreram.
"Infelizmente, fomos surpreendidos com esse [vento] quase que um tornado, mas estamos buscando reestabelecer [a cidade] o quanto antes", declarou Nunes.
“O que a gente teve ontem aqui foi um evento excepcional, onde a rajada de vento, em alguns locais, ou de 100km/h. Desde 1995, nós não temos histórico de um vento dessa magnitude que pegou São Paulo”, completou Nunes.
Na ocasião, o prefeito negou que os problemas tenham sido motivados por falta de precaução, exemplificando que, até 30 de outubro, 10 mil árvores foram removidas e outras 150 mil foram podadas.
Nunes ressaltou ainda que sua gestão está atenta às mudanças climáticas globais.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai sugerir que as distribuidoras de energia indenizem os cidadãos e os comerciantes prejudicados pela demora em religar a luz após o temporal da última sexta-feira em São Paulo, apurou a CNN.
O pedido vai ser feito em reunião na tarde desta segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes entre as distribuidoras, os prefeitos das cidades afetadas e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No fim da tarde deste domingo, 700 mil domicílios ainda estavam sem luz na grande São Paulo mais de 60 horas depois das chuvas. A previsão era de normalização de 100% das atividades apenas na terça-feira.
Segundo interlocutores do governador, é preciso avaliar com cuidado para evitar quebra de contrato, mas é dever das empresas indenizar os prejuízos. A iniciativa do governo do Estado também não exclui a ação dos órgãos de defesa do consumidor e dos próprios clientes.
Responsável pelo fornecimento de luz na capital paulista, a Enel argumenta que triplicou o efetivo, mas não dispunha de pessoal especializado para fazer todas as religações. A FL também teve problemas no interior.
O temporal derrubou milhares de árvores e deixou quatro milhões de domicílios sem luz em todo o Estado. Por falta de luz, a Sabesp também teve que interromper o funcionamento de usinas de tratamento e faltou água em algumas regiões.
Hoje o Enem transcorreu normalmente porque foi feito um mutirão para religar a luz das escolas afetadas ou atender com gerador. Apenas uma escola particular da zona leste da capital iniciou a prova apenas com luz natural, mas um gerador foi instalado às 16h30.
*Com informações de Raquel Landim, da CNN, em São Paulo