A pesquisa contou com 2.831 gestores municipais e foi realizada entre 24 e 28 de maio. Segundo o CNM, 24,9% das cidades não adotaram medidas como fechamento de serviços não essenciais e outras ações.

Sanitarista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Bianca Leandro afirmou à CNN que o número divulgado pela CNM é positivo. Entretanto, ela questionou a rigidez das restrições impostas pelas cidades.   

“Precisamos olhar com cuidado esse número para não parecer que todas as cidades estão com as mesmas medidas sanitárias. O número é bom, mas existem muitos municípios que possuem restrições vigentes, porém não suficientes e adequadas para o momento”, alertou.

Escassez da vacina

A pesquisa divulgada pela CNM também apontou que 28% dos municípios brasileiros já registraram escassez de imunizantes em algum momento durante a pandemia do novo coronavírus. 

Professora de epidemiologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo alertou que essa falta de doses impede uma melhora na situação pandêmica. 

“Essa falta de vacina, de fato, impede que a gente progrida para uma condição de maior segurança e controle da doença. O ideal é que não houvesse escassez, pois é a única solução para terminar com essa situação”, ressaltou. 

Outro dado do levantamento é sobre a vacinação de profissionais da área de educação. A imunização deles começou em 48% dos municípios que informaram seus dados. Para  51% dos participantes da pesquisa, a vacinação desses profissionais é pré-requisito para a retomada das aulas presenciais.

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