No estudo, divulgado na quarta-feira (23), os pesquisadores entrevistaram 19.259 estudantes universitários (sendo 11.924 mulheres), de 48 países diferentes, perguntando sobre como homens e mulheres se dividiam no cuidado de crianças e sobre como deveria ser a divisão ideal.

Os resultados mostraram que, em países que já adotam alguma licença parental, como é o caso da licença-paternidade no Brasil, os dois indicativos se aproximam, o que pode apontar para um melhor equilíbrio nos papéis de gênero.

A pesquisa sugere ainda que a adoção de políticas públicas como essa causa impacto primeiro na forma como as pessoas agem e, só depois, vão refletir em como elas veem o que outras pessoas em seu país fazem de fato.

"Nossas descobertas fornecem e empírico para a função expressiva da política. No entanto, devido à natureza transversal dos dados, os resultados presentes não devem ser entendidos como evidência de mecanismos causais", afirmou Simon Schindler, autor do estudo e professor da Federal University of Applied istrative Sciences, na Alemanha.

Com os resultados os, pesquisadores notaram que, assim como as políticas públicas são capazes de impactar a forma como a sociedade vive, o contrário também é possível. A formação de políticas públicas eficientes também depende de boa observação daquilo que a sociedade e suas mudanças demandam.

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