O evento acontece logo após o fim de uma erupção de oito semanas na mesma península no sudoeste do país, Reykjanes.

As autoridades haviam alertado sobre o risco de uma nova erupção na área ao sul da capital da Islândia, Reykjavik, devido a estudos que mostraram que o magma se acumulou no subsolo.

"As fontes de lava atingem 50 metros de altura e o comprimento da fissura parece ser de cerca de 3,4 km e está crescendo", disse o Escritório Metereológico da Islândia em comunicado.

“A primeira avaliação dos cientistas é que o início desta erupção é mais poderoso que das anteriores”, acrescentou.

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Os voos continuavam normalmente no Aeroporto Keflavik de Reykjavik, de acordo com o site oficial do aeroporto.

O evento destaca os desafios enfrentados pela Islândia, a medida que os cientistas têm alertado para a possibilidade de erupções repetidas na península por décadas.

Para evitar maiores danos, foram construídas barreiras artificiais para afastar a lava das infraestruturas, incluindo a estação de energia Svartsengi, o spa Blue Lagoon e a cidade mais próxima do vulcão, Grindavik.

A fissura se estendeu a menos de um quilômetro das defesas de Grindavik, disse o escritório meteorológico.

A cidade pesqueira vizinha, para onde alguns dos quase 4 mil residentes regressaram depois das últimas erupções, voltou a ser esvaziada, informou a emissora pública RUV.

Em janeiro, a lava queimou várias casas. A atividade vulcânica também interrompeu o aquecimento urbano, fechou estradas importantes e impactou várias casas na cidade, para onde apenas alguns moradores retornaram desde a evacuação no final de 2023.

O vizinho spa geotérmico Blue Lagoon, conhecido pelas suas grandes piscinas exteriores, foi fechado e os seus hóspedes evacuados.

A erupção desta quarta-feira (29) foi a oitava desde 2021 na península, depois que os sistemas geológicos que permaneceram inativos por 800 anos voltaram a se tornar ativos.

Cerca de 30 mil pessoas vivem na região.

"A atividade das fontes é geralmente mais poderosa no início. Ela diminui muito lentamente, e talvez nas próximas 24 horas, a maioria dessas fontes de lava diminua", disse Ari Trausti Gudmundsson, geofísico islandês.

A Defesa Civil da Islândia foi colocada em alerta máximo, informou a polícia, e as autoridades novamente ordenaram a retirada dos habitantes de Grindavik.

Os residentes referem à Islândia como a “Terra do Fogo e do Gelo” – uma homenagem à sua paisagem sobrenatural de picos de montanhas, campos de gelo e fiordes, um foco sísmico posicionado entre as placas tectónicas da Eurásia e da América do Norte.

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