A declaração acontece um dia depois de um relatório apoiado pela ONU ter previsto que a fome é "iminente" no norte de Gaza.

Turk atribuiu a culpa diretamente a Israel, dizendo que a "situação de fome e inanição é um resultado das extensas restrições de Israel à entrada e distribuição de ajuda humanitária".

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O alto comissário para os direitos humanos ressaltou em comunicado: “A extensão das contínuas restrições de Israel à entrada de ajuda em Gaza, juntamente com a forma como continua a conduzir as hostilidades, pode equivaler ao uso da fome como método de guerra, o que é um crime de guerra".

Turk também observou que, como potência ocupante, Israel tem a responsabilidade de garantir e facilitar o fornecimento de alimentos e médicos, bem como de ajudar o trabalho das organizações humanitárias.

Israel negou diversas vezes acusações de que tem impedido a entrada de ajuda em Gaza através dos seus rígidos controles.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tentou transferir a culpa pela entrega limitada de ajuda para o Hamas durante uma entrevista recente à CNN, acusando o grupo de saquear suprimentos.

“Nossa política não é a fome, mas a entrada de apoio humanitário conforme necessário e tanto quanto for necessário”, destacou Netanyahu à CNN no domingo (17).

Turk também lembrou Israel da sua obrigação, ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos, de garantir que os civis em Gaza possam ter o à ajuda "de forma segura e digna".

Isso acontece no momento em que ocorreu uma série de incidentes violentos, incluindo alegações de Israel disparando contra civis reunidos para receber entregas de ajuda.

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