O porta-voz do tribunal istrativo de Colônia falou que a ação judicial e uma petição de emergência correspondente haviam sido apresentadas, e que ambas seriam analisadas assim que a agência de inteligência doméstica BfV confirmasse que havia sido notificada.
A classificação de extremista anunciada na sexta-feira (2) permite que a agência de espionagem intensifique o monitoramento do AfD, por exemplo, recrutando informantes e interceptando as comunicações do partido.
O relatório de 1.100 páginas dos especialistas da agência, que não deve ser divulgado ao público, concluiu que o partido é uma organização racista e antimuçulmana.
O Alternativa para a Alemanha ficou em segundo lugar em uma eleição parlamentar em fevereiro, com quase 21% dos votos, o que o torna o maior partido de oposição no Parlamento.
Friedrich Merz, o líder de centro-direita, deve assumir o cargo de chanceler na terça-feira (6), à frente de uma coalizão que inclui o SPD, de centro-esquerda.
A Alemanha tem leis rigorosas contra o extremismo político, segundo o que as autoridades há muito consideram como uma responsabilidade especial, decorrente do ado nazista do país, para proteger a democracia.
O AfD diz que a designação como extremista é uma tentativa politicamente motivada de descreditá-lo e criminalizá-lo.
O novo governo analisará se lançará uma tentativa de proibição total do partido, falou Lars Klingbeil, líder do SPD, na semana ada.
Membros seniores do governo Trump nos EUA criticaram a classificação do AfD como extremista, com o secretário de Estado Marco Rubio dizendo que a Alemanha deveria reverter o curso.
O bilionário Elon Musk, aliado próximo do presidente Donald Trump, fez uma campanha de apoio ao Alternativa para a Alemanha.
Nesta segunda-feira (5), Moscou juntou-se a Washington para criticar a classificação extremista do partido, que se opõe ao apoio militar alemão à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
“O próprio cenário político europeu está agora repleto de várias medidas restritivas contra as forças políticas e indivíduos cuja visão de mundo não se encaixa na corrente dominante”, comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.