Cardeal Pietro Parolin é um dos cotados para ser o próximo papa   •  2/3/2022 REUTERS/Remo Casilli
Cardeal Matteo Zuppi em Moscou   •  29/6/2023 REUTERS/Maxim Shemetov
O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, participa de uma missa em homenagem ao Papa Francisco na Igreja do Santo Sepulcro em 23 de abril de 2025 em Jerusalém.
O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, participa de uma missa em homenagem ao Papa Francisco na Igreja do Santo Sepulcro em 23 de abril de 2025 em Jerusalém.   •  Amir Levy/Getty Images
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O cardeal Luis Antonio Tagle participa de uma missa com os novos cardeais, presidida pelo papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro de 2024, na Cidade do Vaticano.
O cardeal Luis Antonio Tagle participa de uma missa com os novos cardeais, presidida pelo papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro de 2024, na Cidade do Vaticano.   •  Franco Origlia/Getty Images
O cardeal húngaro e arcebispo de Budapeste, Peter Erdo, comparece à missa na Basílica de São Pedro, antes dos cardeais entrarem no conclave para decidir quem será o próximo papa, em 12 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
O cardeal húngaro e arcebispo de Budapeste, Peter Erdo, comparece à missa na Basílica de São Pedro, antes dos cardeais entrarem no conclave para decidir quem será o próximo papa, em 12 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano.   •  Franco Origlia/Getty Images
Vista do cardeal francês Jean-Marc Aveline durante a cerimônia fúnebre de Jean-Claude Gaudin, que foi prefeito de Marselha de 1995 a 2020.
Vista do cardeal francês Jean-Marc Aveline durante a cerimônia fúnebre de Jean-Claude Gaudin, que foi prefeito de Marselha de 1995 a 2020.   •  Denis Thaust/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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O cardeal maltês Mario Grech celebra a Santa Missa na conclusão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos na Basílica de São Pedro em 29 de outubro de 2023 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
O cardeal maltês Mario Grech celebra a Santa Missa na conclusão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos na Basílica de São Pedro em 29 de outubro de 2023 na Cidade do Vaticano, Vaticano.   •  Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images
O bibliotecário apostólico do Vaticano, cardeal José Tolentino de Mendonça, posa na instalação específica do local 'The Clearest Way' do artista romano Pietro Ruffo no Barberini Hall durante a abertura da exposição "EVERYONE: Humanity On Its Way" em 08 de novembro de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
O bibliotecário apostólico do Vaticano, cardeal português José Tolentino de Mendonça, posa na instalação específica do local 'The Clearest Way' do artista romano Pietro Ruffo no Barberini Hall durante a abertura da exposição "EVERYONE: Humanity On Its Way" em 08 de novembro de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano.   •  Franco Origlia/Getty Images
O cardeal Robert Francis Prevost lidera orações do terço pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 3 de março de 2025 na Cidade do Vaticano.
O cardeal americano Robert Francis Prevost lidera orações do terço pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 3 de março de 2025 na Cidade do Vaticano.   •  Christopher Furlong/Getty Images
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O cardeal Arthur Roche lidera a sessão de oração do rosário pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 4 de março de 2025, na Cidade do Vaticano.
O cardeal britânico Arthur Roche lidera a sessão de oração do rosário pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 4 de março de 2025, na Cidade do Vaticano.   •  Christopher Furlong/Getty Images
O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, participa de uma missa em homenagem ao Papa Francisco na Igreja do Santo Sepulcro em 23 de abril de 2025 em Jerusalém.
O cardeal Luis Antonio Tagle participa de uma missa com os novos cardeais, presidida pelo papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro de 2024, na Cidade do Vaticano.
O cardeal húngaro e arcebispo de Budapeste, Peter Erdo, comparece à missa na Basílica de São Pedro, antes dos cardeais entrarem no conclave para decidir quem será o próximo papa, em 12 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
Vista do cardeal francês Jean-Marc Aveline durante a cerimônia fúnebre de Jean-Claude Gaudin, que foi prefeito de Marselha de 1995 a 2020.
O cardeal maltês Mario Grech celebra a Santa Missa na conclusão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos na Basílica de São Pedro em 29 de outubro de 2023 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
O bibliotecário apostólico do Vaticano, cardeal José Tolentino de Mendonça, posa na instalação específica do local 'The Clearest Way' do artista romano Pietro Ruffo no Barberini Hall durante a abertura da exposição "EVERYONE: Humanity On Its Way" em 08 de novembro de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
O cardeal Robert Francis Prevost lidera orações do terço pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 3 de março de 2025 na Cidade do Vaticano.
O cardeal Arthur Roche lidera a sessão de oração do rosário pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 4 de março de 2025, na Cidade do Vaticano.
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Durante séculos, os líderes da Igreja Católica Romana foram escolhidos no Vaticano em reuniões privadas conhecidas como conclaves.

O Vaticano informou que o próximo conclave terá início no dia 7 de maio e ocorrerá na Capela Sistina. Veja quem são os cotados para assumir o comando da Igreja Católica na galeria acima.

O processo e a votação, que geralmente acontece nos dias após a morte ou renúncia de um papa, envolve muito segredo. O ritual remonta ao século XIII, quando as eleições papais podiam durar anos e alguns cardeais já chegaram a morrer durante o processo exaustivo.

Primeiro, o que é um conclave?

A palavra conclave vem do latim “cum clavis” que significa fechado com chave e se refere à prática de confinar os cardeais para permitir que eles escolham um novo papa sem interferência externa.

A seleção de um novo papa é um processo de votação antigo e altamente secreto. Há mistério, ritual e tradição cercando a eleição, que é, especialmente, um processo político.

“Um conclave é um evento no melhor sentido da política — é uma consideração pensativa, até mesmo devota, do futuro de uma comunidade” disse Steven P. Millies, diretor do Centro Bernardin da União Teológica Católica, uma faculdade de teologia em Chicago à CNN.

“A ‘politicagem’ não nega o envolvimento do Espírito Santo (também não o garante, é claro). Se o Espírito será atendido, cabe aos cardeais. Mas o Espírito está presente, e a contagem de votos é uma parte necessária do processo”, o especialista acrescentou.

Para evitar lobby externo e garantir que os cardeais sejam livres para escolher quem eles acham que é o melhor homem para o trabalho, os conclaves acontecem em estrita confidencialidade, com os participantes “isolados” do mundo.

Eles são proibidos de falar com qualquer pessoa fora do processo, o que pode levar vários dias. Também não podem ler relatórios da mídia ou receber mensagens.

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Afinal, quem pode ser papa?

Tecnicamente, qualquer homem “católico romano” pode ser eleito papa. O especialista em Vaticano da CNN, John Allen, explica que qualquer pessoa elegível para ordenação ao sacerdócio católico – portanto, um homem solteiro – poderia ser eleito papa.

Apesar disso, desde 1379, o papa sempre é eleito entre os cardeais do Colégio de Cardeais, o grupo que vota no conclave, também àqueles com menos de 80 anos.

Muitos dos cardeais são bispos e arcebispos nomeados pelo papa para auxiliar em questões religiosas. Alguns trabalham no Vaticano, mas a maioria está espalhada pelo mundo istrando dioceses ou arquidioceses.

Quando chega a hora do conclave, todo cardeal com menos de 80 anos viaja para Roma para participar da reunião, pois o voto é presencial.

Funcionamento do processo da votação

Processos da escolha de um novo Papa • CNN
Processos da escolha de um novo Papa • CNN

Depois que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave começa com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Eles caminham até a Capela Sistina para começar o processo da eleição.

A votação é realizada a portas fechadas, e o sigilo é rigorosamente guardado. A capela é verificada em busca de câmeras e microfones escondidos, e os cardeais não têm permissão para falar sobre os procedimentos com ninguém de fora do grupo. Se o fizerem, podem ser excomungados.

O jornalista Jonathan Mann explicou para a CNN Internacional os rituais que acontecem dentro da Capela Sistina. A votação acontece em cédulas de papel distribuídas a cada cardeal, que escreve o nome do candidato escolhido abaixo das palavras em latim “Eligo in Summun Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”).

Pela regra, os cardeais não podem votar em si próprios e os votos são anônimos.

Quando terminam, cada cardeal — em ordem de senioridade — caminha até um altar para colocar cerimoniosamente sua cédula dobrada em um cálice. Os votos são então contados e o resultado é lido para os cardeais.

Se um cardeal receber dois terços dos votos, ele se torna o novo papa.

Segundo um documento do Vaticano sobre os procedimentos do conclave, o primeiro dia é reservado para missas e orações. Caso elas sejam finalizadas pela tarde, já pode ser realizada uma votação no mesmo dia.

Se nenhum cardeal receber o número de votos necessário para ser eleito papa, serão feitas até quatro votações por dia nos dias seguintes -- duas pela manhã e duas à tarde.

O processo pode se repetir até o terceiro dia de conclave. Se ao final deste dia ainda não houver uma definição, o quarto dia será reservado para uma pausa para oração e discussão.

Filipe Domingues, vaticanista e doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana, explica que as orações são momentos importantes do conclave. “É uma eleição que coloca em jogo também a vontade de Deus, e o processo começa sempre com oração, eles têm missa, eles rezam muito pedindo para que Deus oriente essa escolha”, afirma em entrevista à CNN.

Na sequência, o processo pode continuar por mais sete rodadas de votação, da mesma maneira que no início do conclave. Depois disso, há outra pausa para orações e, na sequência, as votações são retomadas de novo.

Entretanto, dos últimos 11 conclaves realizados, nenhum durou mais do que quatro dias, de acordo com a diocese de Providence, Rhode Island, dos Estados Unidos.

O professor, historiador e teólogo Gerson Leite de Moraes explica ainda que, apesar das regras, elas são apenas um guia, e no processo do conclave existem rituais que “não seguem necessariamente a lógica do relógio”.

“Você pode até ter é a previsão legal de quatro escrutínios, dois de manhã e dois à tarde, mas pode ser que em um desses escrutínios você já tenha a solução”, ele afirma em entrevista à CNN.

O professor acrescenta que “é tudo uma questão regimental porque os fiéis católicos acompanham tudo de perto, há uma atenção especial em relação a cada votação que é realizada esperando a fumaça branca ou preta”.

Fumaça branca indica resultado

Não se pode entrar na Capela Sistina, porém fiéis e jornalistas ficam sabendo do resultado por meio da cor da fumaça que sai do telhado do Vaticano.

As cédulas são queimadas após as votações, uma vez pela manhã e uma vez à tarde.

Caso um papa não tenha sido escolhido, as cédulas são queimadas junto com um produto químico que deixa a fumaça preta.

No entanto, se a fumaça que sair do telhado for branca, isso significa que os católicos do mundo terão um novo chefe da Igreja.

O momento é sempre de muita festa para os milhares de fiéis que esperam o processo no Vaticano.

Tradicionalmente, cerca de 30 a 60 minutos após a fumaça branca, o novo papa aparecerá na sacada com vista para a Praça de São Pedro.

O novo pontífice então falará brevemente e fará uma oração. Dias depois da eleição, o papa assume formalmente o cargo.

Os dois últimos papas foram empossados ​​na Catedral de São Pedro.

Com informações da Reuters e da CNN Internacional.

 

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