O rito no Conselho Deliberativo foi iniciado em 20 de janeiro. Na ocasião, uma reunião com mais de cinco horas de duração, marcada por tumultos, foi suspensa por questões de segurança e horário logo após a aprovação da issibilidade do processo: foram 126 votos favoráveis e 114 contrários.
Dessa forma, a votação será retomada nesta segunda-feira. A primeira chamada será às 18h (de Brasília), no Salão Nobre do Parque São Jorge. A segunda chamada está prevista para as 19h, quando a sessão terá início independentemente do quórum. O evento não será transmitido ao vivo.
A sessão será aberta com a fala do presidente da Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians, que terá até 30 minutos para se pronunciar sobre o caso. Em seguida, o representante de Augusto Melo também terá até meia hora para sustentar a defesa.
Na sequência, a votação sigilosa será realizada por meio de cédulas de papel. O resultado será definido por maioria simples – ou seja, se mais da metade dos conselheiros votar pelo impeachment, Augusto Melo será imediatamente destituído do cargo. Nesse caso, o primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, assume interinamente a presidência.
Para que o afastamento se torne definitivo, a decisão ainda precisará ser ratificada pelos sócios do clube em Assembleia Geral, a ser convocada em até cinco dias pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr. O estatuto, no entanto, não estabelece um prazo para a realização dessa votação.
O pedido de impeachment de Augusto Melo se baseia em supostas irregularidades envolvendo o contrato com a casa de apostas VaiDeBet – antiga patrocinadora máster do Corinthians, cujo acordo foi rescindido em meio a uma série de polêmicas.
As suspeitas levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Civil, que culminou no indiciamento do presidente por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Também foram apontados como suspeitos o ex-diretor istrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé.
Além do processo que motiva a votação desta segunda-feira, Augusto Melo é alvo de outros três pedidos de impeachment no clube.
Um deles diz respeito à ausência de informações sobre pendências financeiras do Corinthians; outro foi protocolado pelo conselheiro Paulo Roberto Pastos, em razão da reprovação das contas do primeiro ano da gestão; e o terceiro foi apresentado pela Comissão de Justiça do Corinthians, com base em irregularidades apontadas pelo Conselho Fiscal e Conselho de Orientação do clube.
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