Entre suas faixas conhecidas, há destaque para "Cai de Boca" (2018), "Ao som do 150" (2018) e "Deslizo e Jogo" (2019).
Natural do morro do São João, no Rio de Janeiro, a artista, de 25 anos, ganhou destaque na cena musical ao cantar letras que exaltam os desejos femininos sem medo da repreensão, do machismo e do preconceito.
Em entrevista exclusiva à CNN, Rebecca garante que subirá ao palco para celebrar a cultura das favelas e a potência do ritmo.
"Sou uma mulher preta, mãe e de favela, que fala sobre o que quer, que combate o machismo, que eleva outras mulheres e que luta por essas pautas", conta.
Para ela, é muito importante levar o funk para o palco de um evento grande, considerado uma grande vitrine para o mundo.
"Nós sabemos que é a favela, que é o nosso som das comunidades que exporta a cultura, não apenas aqui para o país, como lá fora também, já que hoje estamos vendo o funk ganhar cada vez mais destaque".
"Acredito que esses espaços são essenciais para que as pessoas valorizem cada vez mais a nossa arte, o nosso som", acrescenta.
Rebecca ainda conta que sua presença no festival transcende uma realização individual, já que ela carrega vozes de outras mulheres que lutam por reconhecimento e igualdade.
"Acredito que quando uma artista preta sobe ao palco, é muito representativo. É um momento de deixar mensagens, de mostrar a força que temos, de exaltar outras mulheres. Eu quero usar toda a minha força e o meu espaço para dar visibilidade e celebrar a representatividade negra no line-up", diz.
Mesmo diante de um cenário desafiador, a cantora reforça que a confiança em seu talento e o propósito de mostrar que é possível foi crucial para que ela seguisse em frente, sem desistir dos objetivos.
"Sei que ser uma mulher preta no funk, cantando 150, é uma afirmação do meu poder, da minha identidade e da minha história", afirma.
"É levar a voz das favelas para o mundo e mostrar que a nossa cultura é resistência e nossa música é revolução", finaliza.
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