O arcebispo, no entanto, precisou recusar o cargo devido à problemas de saúde, facilitando o caminho para a escolha de João Paulo II, que permanecer no cargo até sua morte, em 2 de abril de 2005.
O escritor e teólogo Frei Betto compartilhou o fato dos bastidores do conclave de quase 50 anos atrás em um artigo publicado no último mês.
O cardeal dom Aloísio Lorscheider nasceu em 1924 em Estrela, no Rio Grande do Sul, e era neto de alemães. Ele se ordenou sacerdote aos 23 anos e foi nomeado como bispo, em 1962, pelo papa João XXIII (1958 a 1963).
O próximo papa, Paulo VI (1963 a 1978), foi quem nomeou Aloísio como arcebispo de Fortaleza (1973) e deu a ele o título de cardeal (1976). Dom Aloísio Lorscheider teve uma trajetória na igreja voltada para a defesa dos direitos humanos e se posicionou à favor da democratização do Brasil e contra as torturas praticadas na ditadura militar.
O cardeal brasileiro também foi envolvido em um fato marcante, em 1994, quando foi sequestrado por internos de um presídio na Grande Fortaleza durante uma visita local. O religioso foi citado no filme "O Poderoso Chefão: Parte 3", ao receber um voto durante a encenação de um conclave.
Dom Aloísio Lorscheider participou de dois conclaves para eleger os papas João Paulo I (1978) e João Paulo II (1978 a 2005). O Vaticano acolheu sua renúncia em 2004. Ele faleceu em dezembro de 2007, aos 83 anos.
Acompanhe Entretenimento nas Redes Sociais