"Acho que a vida vai ando e a gente vai mudando o nosso olhar sobre nossos pais. Quem leu o primeiro título percebeu, talvez, que eu camuflo pouco a história da minha mãe. Falo dela muito pouquinho, mas é porque eu acho que não estava pronto. Depois de ter virado pai e de ter feito um luto de quase 20 anos após a morte dela, consegui olhar para ela de uma maneira mais generosa", disse.

Lázaro conta que viu a mãe ser agredida e humilhada pela patroa quando tinha 10 anos, momentos que marcaram sua infância. Em 2022, 33 anos depois, ele comprou o apartamento onde Célia trabalhava para homenageá-la e fundar uma ONG que ajuda pessoas em situação análoga à escravidão.

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"O livro é muito costurado por isso, por esse olhar para essa mulher que, durante um tempo, eu adjetivava como uma mãe maravilhosa. Mas, ao me aprofundar no livro, consegui realmente conhecê-la de verdade. Tirar do lugar esse pedestal de crítica que às vezes temos sobre nossos pais e, principalmente, entender que ela representa um coletivo de mulheres", continuou o ator em entrevista à página Nanarude.

O marido da atriz Taís Araújo contou que usou a viagem que fez ao seu ado para escrever seu segundo livro para refletir sobre as injustiças do Brasil e tentar ajudar a diminuí-las de alguma forma.

"Na Nossa Pele" foi lançado nesta terça-feira e reflete, ao invés de seu primeiro título, o "Na Minha Pele", sobre as experiências coletivas da atualidade envolvendo o ofício de artista, pautas raciais, emancipação e mobilidade social.

Veja trechos da entrevista

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