Em conversa com à CNN, a atriz conta que, após cinco temporadas, a forte relação com o público, é o maior saldo. "Eles se sentem representados. É muito forte ver como os fãs abraçaram a série. Quando vejo esse resultado positivo, entendo a importância de retratar histórias brasileiras. Por isso a gente precisa investir no audiovisual brasileiro, no cinema nacional. Existem muito brasis dentro do nosso Brasil", comenta.

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Indo além da experiência profissional, Bruna também conta que interpretar uma personagem tão humana, com diferentes pontos de virada, de dúvida, que colocam em pauta os lugares da moralidade e da ética, também foram importantes para o seu próprio amadurecimento pessoal.

No início, Ritinha foi apresentada como uma vendedora ambulante. No entanto, com o ar das temporadas, ou a se apoiar ainda mais na fé, teve sua agem ao viés político, com a intenção de fazer uma mudança local, e entender que não estava disposta a mesclar religião com palanque e, então, chegar ao curso de direito.

"Ela é muito inspiradora, a cada temporada, a cada descoberta, sabe? Ela está sempre em questionamento sobre a própria moral, sobre o que ela quer, sobre o que ela não concorda. É uma personagem que me faz refletir sobre minhas questões, sobre minhas sombras", garante.

Bruna Mascarenhas é Rita em "Sintonia" • Divulgação/Netflix
Bruna Mascarenhas é Rita em "Sintonia" • Divulgação/Netflix

"A gente tem esse brilho olhar", conta Bruna sobre conexão com Rita

Assim como sua protagonista, que precisou amadurecer cedo, a atriz também viu sua vida se transformando nos últimos anos. Natural do Rio de Janeiro, a carioca veio para São Paulo apenas com o desejo de ingressar na carreira.

Sem saber de "Sintonia", ela não tinha um plano alternativo, caso as coisas não dessem certo. "Vim para cá, na cara e na coragem e um mês e meio depois aconteceu a série. O que mais me chamou atenção quando conheci a personagem é que ela é a pessoa que não espera o barco ar. Ela vai atrás do barco. E por mais que ela tivesse um arco não tão definido, sendo levada pelas circunstâncias e oportunidades, ela sempre deu o primeiro o. Porque parada você não consegue nada. E esse é um ponto de conexão entre a gente", detalha.

"Acho que a gente tem esse brilho no olhar, essa vontade de viver, de fazer escolhas, de seguir, mesmo sabendo que daqui a pouco você pode se machucar. Mas você tá ali, sabe? Buscando, tentando. Ali, dando o próximo o", acrescenta.

Rita durante a quinta e última temporada de "Sintonia" • Divulgação/Netflix
Rita durante a quinta e última temporada de "Sintonia" • Divulgação/Netflix

A chave do sucesso em "Sintonia"

Furando a bolha nacional, a série também figurou no Top Global da plataforma de streaming. Para Mascarenhas, o sucesso foi potencializado pela fácil identificação com a história proposta.

"Nem todo mundo sabe o que quer fazer. Às vezes a pessoa tem muitas qualidades, como a Ritinha, que era uma menina sem muitas oportunidades. Com 14 anos, ela se viu sem mãe e sem pai. A pauta não era o sonho, mas o que ela iria comer na próxima refeição. Então é isso, às vezes você se vê sem oportunidades na vida e vai se agarrando ao que é real, é palpável, e essa é a realidade de muita gente", garante.

Última temporada é a mais densa

Nos bastidores, a energia saudosista entre o elenco também se fez presente durante as gravações da última temporada. "Tudo foi bonito. A gente criou uma base muito sólida para chegar até aqui. São episódios mais densos, mais profundos, mais pesados. É uma temporada sobre dores internas e, ao mesmo tempo, é onde a gente vê os personagens mais maduros, se colocando em situações em formas diferentes", entrega.se colocam em situações em formas difeentes.

"Eu fico muito orgulhosa das escolhas da Rita, da caminhada dela, desse momento onde ela entende os seus limites, e o que ela não vai mais aceitar a partir de agora", conclui.

Assista ao trailer da 5ª temporada de "Sintonia"

 

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