"Esses fenômenos chegam até mim como se fossem as tendências para o futuro das mulheres e eu não estou nem aí se uma mulher adulta quer brincar de boneca — a não ser, é claro, que ela exija uma vaga do SUS para essa boneca, aí essa mulher já está apresentando uma patologia. Precisa de tratamento", disse.

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Ana Paula disse que fez uma pesquisa sobre os impactos econômicos das bebês reborn e que concluiu que essa tendência infantiliza as mulheres -- assim como a popularização de livros de colorir, como os Bobbie Goods, e brinquedos direcionados para adultas.

"Não te parece curioso que, ao mesmo tempo, a gente se depare também todo dia com o surgimento de grupos de homens que sobem a montanha parando para emitir ruídos guturais e prometendo ser bons pais de família para as mulheres que os esperam em casa com café quentinho">Legendários.

Além disso, contou que encontrou artigos escritos por homens dizendo que a popularização das bonecas é resultado do fracasso da cultura feminista, que teria apagado o instinto materno.

"Então eu te convido a pensar: a quem interessa nos rotular de infantis, nos transformar em perturbadas mentais incapazes, vítimas de movimentos radicais, incapazes de viver sem a proteção de um homem?", falou Ana Paula Padrão.

O assunto tem ganhado força e popularidade na internet nos últimos meses após algumas influenciadoras viralizarem com conteúdos feitos com suas coleções de bebês reborn.

Famosos também tem aderido à arte: o padre Fábio de Melo "adotou" recentemente um bebê reborn com síndrome de Down. Nicole Bahls também "adotou" duas bonecas, apelidadas de Maria Maria e Rainha Matos.

Bebês reborn: Psiquiatra explica os perigos de tratá-los como reais

*Com informações de Gabriela Maraccini, da CNN

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