Guilherme Fontes como o vilão Alexandre em "A Viagem" • TV Globo/Divulgação
Durante as gravações da novela espírita "A Viagem", de 1994, que voltou a ser exibida no programa Vale A Pena Ver de Novo, da TV Globo, alguns episódios sobrenaturais aconteceram com os atores.
Entre eles, Christiane Torloni, que interpretou Diná, relatou que as luzes de sua casa piscavam e objetos caíam. Já Lucinha Lins, que teve o papel de Estela, relatou que uma borboleta apareceu em certa cena.
A atriz que interpretou Diná contou em uma entrevista no Conversa com Bial em 2024 que no início das gravações ela morava sozinha em um apartamento antigo e as luzes começaram a piscar e os objetos caíram no chão.
"Um dia eu liguei para o Wolf Maya, que é de uma família espírita muito tradicional de Goiás, e perguntei 'pedimos licença para fazer esse trabalho?'. Porque eu acredito nessas coisas. Quando você faz personagens de pessoas que existiram, como eu já fiz alguns, me concentro nisso porque sinto que é uma homenagem, sinto que fui escolhida para fazer aquele trabalho", disse.
Ela contou que foi feito um encontro em uma casa espírita para os eventos sobrenaturais pararem de acontecer e ela ficou em casa orando, o que resolveu o problema.
Torloni disse que, no início da novela "A Viagem", não conseguia abrir as cartas dos fãs porque eram muitas e a rotina apertada. Entretanto, no fim das gravações, resolveu lê-las e descobriu que a maioria era psicografada.
"[Elas diziam] 'se acalma, está tudo bem, esse trabalho precisa ser feito porque vai confortar as pessoas, vocês estão acalmando as pessoas'", falou.
A irmã de Diná em "A Viagem", a intérprete de Estela comentou em uma live nas redes sociais com Christiane Torloni que uma das cenas mais fortes foi a cremação do personagem Alexandre, interpretado por Guilherme Fontes.
"Durante a cena, uma borboleta amarela surgiu no estúdio fechado e pousou no caixão. Paramos tudo. Ela voltava sempre para o mesmo lugar, como se fosse uma luz, uma proteção", disse Lucinha.
Na novela, as irmãs pressentiam quando uma estava para chegar, se comunicavam por telepatia e compartilhavam sentimentos. Em uma entrevista ao Gshow, ela comentou que em algumas cenas em que Diná e Estela contracenavam, aconteciam falas improvisadas inexplicadas entre elas.
"Era algo muito natural, como se estivéssemos realmente nos comunicando sem precisar ensaiar", revelou.