Notabilizado como autor de peças como "Roda Viva", "Ópera do Malandro" e "O Grande Circo Místico", Chico eou também por outros gêneros, como o conto, a poesia, e os romances infantil e adulto.

Sua produção literária foi reconhecida e aclamada, rendendo ao cantor carioca sete Jabutis, incluindo três na categoria Livro do Ano Ficção, e uma homenagem no Prêmio Camões, principal premiação da literatura em língua portuguesa, em 2019.

Quer conhecer mais dos livros de Chico Buarque? A CNN te apresenta abaixo cinco obras escritas pelo cantor.

"Chapeuzinho Amarelo" (1970)

Chico Buarque lançou "Chapeuzinho Amarelo" em 1970 / Divulgação
Chico Buarque lançou "Chapeuzinho Amarelo" em 1970 / Divulgação

Expoente máximo da literatura infantil de Chico Buarque, "Chapeuzinho Amarelo" foi publicado originalmente em 1970 e relançado em 1997 com ilustrações de Ziraldo, que faleceu em abril deste ano, enquanto dormia, aos 91 anos.

O livro conta a história de uma menina que vivia com tanto medo que perdia a oportunidade de viver as maravilhas da vida. O ciclo se rompe quando Chapeuzinho enfrenta o lobo-mau, e a história ensina uma lição sobre coragem às crianças que leem.

"Estorvo" (1991)

"Estorvo", de Chico Buarque, foi publicado em 1991 e ganhou dois Jabutis / Divulgação
"Estorvo", de Chico Buarque, foi publicado em 1991 e ganhou dois Jabutis / Divulgação

Foi só em 1991 que Chico Buarque estreou no gênero romance. "Estorvo" foi escrito no computador que o cantor havia ganhado de sua então esposa, a atriz Marieta Severo, e conta a história de um narrador que, preso em uma obsessão, flutua entre o sonho e a vida real.

A obra teve a primeira tiragem, que totalizava 30 mil exemplares, esgotada em dois dias e rendeu a Chico o prêmio Jabuti em 1992, nas categorias Livro do Ano Ficção e Romance.

"Budapeste" (2003)

"Budapeste", de Chico Buarque, foi lançado em 2003 / Divulgação
"Budapeste", de Chico Buarque, foi lançado em 2003 / Divulgação

Terceiro romance de Chico Buarque, "Budapeste" conta a história de um ghost-writer que escreve coisas atrás de pseudônimos e de outros autores vivos. Sua vida é mudada quando chega à capital da Hungria, cidade que dá nome à obra e onde se vê dividido entre sua esposa, Vanda, que está no Rio de Janeiro, e a personagem Kriska, que lá vive.

O livro também ganhou os Jabutis de Livro do Ano Ficção e Romance, além de ter sido elogiado pelo escritor português José Saramago, dono de obras como "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Ensaio Sobre a Cegueira".

"Chico Buarque ousou muito, escreveu cruzando um abismo sobre um arame e chegou ao outro lado. Ao lado onde se encontram os trabalhos executados com mestria, a da linguagem, a da construção narrativa, a do simples fazer. Não creio enganar-me dizendo que algo novo aconteceu no Brasil com este livro", escreveu o lusitano ao jornal Folha de S.Paulo.

"Leite Derramado" (2010)

"Leite Derramado", de Chico Buarque", foi publicado em 2009 / Divulgação
"Leite Derramado", de Chico Buarque", foi publicado em 2009 / Divulgação

Romance publicado após "Budapeste", "Leite Derramado" fala sobre um homem velho, membro de uma tradicional família brasileira, que conta a história de seus ancestrais portugueses e membros da oligarquia brasileira. A obra evidencia a decadência da elite brasileira com o ar das gerações.

Chico recebeu mais dois Jabutis pela escrita, novamente de Livro do Ano Ficção e Romance.

"Irmão Alemão" (2014)

"O Irmão Alemão", de Chico Buarque, foi publicado em 2014 / Divulgação
"O Irmão Alemão", de Chico Buarque, foi publicado em 2014 / Divulgação

Em um texto ousado, Chico partiu da narrativa de sua própria família para criar um romance sobre a busca de um possível irmão alemão pedido pela família Hollander, nome escolhido em referência ao seu pai, o intelectual Sérgio de Hollanda.

Os panos de fundo da obra são a ditadura militar do Brasil e a herança do holocausto na Alemanha. O livro ficou em terceiro lugar na categoria de Livro Brasileiro Publicado no Exterior no Jabuti de 2015.

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