A especialista destacou a importância de regulamentar o uso de smartphones em sala de aula, mas alertou para a necessidade de não limitar excessivamente o o à tecnologia no contexto educacional.
Priscila Cruz comentou sobre a recente aprovação de uma lei no estado de São Paulo que restringe o uso de celulares nas escolas: "Não pode ser uma lei que restringe muito o uso da tecnologia. Você não pode ir além daquilo que é o uso do celular que distrai, e que, inclusive, atrapalha as relações humanas".
A especialista ressaltou os impactos negativos do uso excessivo de celulares, especialmente nos intervalos escolares. "A gente entra, a gente visita as escolas o tempo inteiro, as crianças, os adolescentes estão usando o celular nos intervalos, os alunos não conversam mais entre si", disse.
No entanto, ela também enfatizou a importância da tecnologia no futuro da educação. "No futuro não dá para a gente imaginar que a tecnologia não vai ser cada vez mais utilizada e ela pode ser utilizada de uma forma muito positiva."
Cruz defendeu ainda uma abordagem equilibrada, propondo "o uso inteligente e barrar o uso que está fazendo com que as crianças se prejudiquem não só no aprendizado, mas também no desenvolvimento social e emocional".
A presidente do Todos pela Educação também abordou a importância de uma regulamentação nacional sobre o tema. Segundo ela, o ministro da Educação, Camilo Santana, defende a votação de uma lei federal que abranja todo o território nacional, o que "cria ainda mais segurança jurídica e acelera as normas dos subnacionais, dos estados e município".
Priscila Cruz concluiu ressaltando que, embora as políticas públicas nem sempre evoluam de forma linear, iniciativas como a do município do Rio de Janeiro e do estado de São Paulo podem criar um ambiente de maior urgência no Congresso Nacional para a aprovação de uma lei federal sobre o uso de celulares nas escolas.