Petrobras confere a "preço abrasileirado" corte na gasolina após 20 meses
Política de preços não segue à risca valores de comercialização internacionais e — segundo a companhia — visa reduzir volatilidades

A Petrobras reduziu os preços da gasolina reados às distribuidoras pela primeira vez em cerca de 20 meses e confere o período sem cortes — segundo fontes da companhia — a sua política de “preços abrasileirados” e seu objetivo de conter a volatilidade na comercialização de combustíveis.
A ideia da política de preços, que não segue à risca as cifras praticadas internacionalmente para os combustíveis (PPI) é: quando os preços caem globalmente, a Petrobras não segue imediatamente e cria um “colchão”; quando os preços sobem lá fora, a empresa “queima o colchão” e preserva o consumidor.
Segundo apuração da CNN, a Petrobras tem o período sem corte como um reflexo da política: há cerca de um mês, por exemplo, a gasolina no Brasil chegou a ficar 9% mais cara que o preço internacional, segundo levantamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), e não houve reajuste.
A Petrobras também vem sendo pontual nas elevações de preços da gasolina. A última alta aconteceu em julho de 2024. Ainda entram na conta dos “preços abrasileirados”, mencionam fontes, as vantagens que a companhia têm em termos de logística e distribuição por produzir nacionalmente a maior parte do combustível que consome.
Nesta segunda-feira (2), a Petrobras anunciou que reduzirá em 5,6% o preço da gasolina reada às distribuidoras. Dessa forma, o preço médio de venda do combustível nas refinarias ará a ser de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro.
Puxaram para baixo o preço internacional da gasolina recuos na cotação do petróleo Brent e do dólar. Enquanto o valor de comercialização do barril recuou cerca de 17% desde o começo do ano, a moeda americana desvalorizou em torno de 8% ante o real no mesmo período.