Eram 7,5 milhões de pessoas desocupadas nesse período, representando uma taxa de desemprego média de 6,9%.
Entre os homens não negros, esse percentual está abaixo da média, com 4,6%, enquanto para as mulheres negras é de 10,1%.
"As mulheres negras estão concentradas nas ocupações na base da pirâmide, principalmente, em serviços domésticos, de limpeza, serviços de alimentação. Elas ainda ocupam as vagas que pagam menos de remuneração salarial", disse a subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner.
A desigualdade também aparece na remuneração. Segundo o MTE, as mulheres ganham negras recebem 50,2% da remuneração dos homens brancos.
Paula ressaltou que as mulheres foram as que mais sofreram durante a pandemia do Covid-19, e o desemprego aumentou, principalmente, para as mulheres negras que ocupavam funções de empregadas domésticas.
O levantamento mostra que no 2º trimestre deste ano haviam 101,8 milhões de pessoas ocupadas, dos quais 38,6% estavam na informalidade.
Nesse cenário, as mulheres negras assalariadas sem registro, conta própria sem CNPJ ou com emprego doméstico sem carteira também é 9,1% maior que para mulheres não negras.
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