Trump impôs as tarifas por meio da Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA), que dá ao presidente autoridade para promulgar esses poderes em resposta a ameaças incomuns e extraordinárias.
O processo busca uma ordem judicial para suspender as tarifas sob a IEEPA, dizendo que Trump não tem a autoridade que afirma ter.
"Nas quase cinco décadas desde que a IEEPA foi promulgada, nenhum outro presidente impôs tarifas com base na existência de qualquer emergência nacional".
"Apesar das campanhas globais antinarcóticos lideradas pelos Estados Unidos e dos déficits comerciais de longa data", argumentou o processo.
Embora o Congresso tenha aprovado a IEEPA, "o Congresso nunca pretendeu que ela fosse usada para tarifas", diz o processo.
Em um comunicado, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, chamou a ação legal de "caça às bruxas".
"O governo Trump continua comprometido em usar toda a sua autoridade legal para enfrentar as emergências nacionais distintas que nosso país enfrenta atualmente", pontua.
O porta voz da Casa Branca elencou algums dos problemas do país no momento, como o flagelo da migração ilegal, os fluxos de fentanil através da fronteira e o explosivo déficit comercial anual de mercadorias dos EUA.
A coalizão de estados se junta a outros grupos que processaram o governo Trump por tarifas. Um grupo de pequenas empresas dos EUA entrou com uma ação na semana ada sobre a autoridade do governo para impor tarifas.
E a New Civil Liberties Alliance (NCLA), um grupo de direitos civis, apresentou uma queixa por motivos semelhantes no início de abril.
Em resposta ao processo de pequenas empresas, o porta-voz da Casa Branca, Harrison Fields, disse anteriormente que os déficits comerciais com outros países constituem uma "emergência nacional".
A ação é movida pelos procuradores-gerais de Nova York, Arizona, Colorado, Connecticut, Delaware, Illinois, Maine, Minnesota, Nevada, Novo México, Oregon e Vermont.
"Donald Trump prometeu que reduziria os preços e aliviaria o custo de vida, mas essas tarifas ilegais terão exatamente o efeito oposto sobre as famílias americanas."
"Suas tarifas são ilegais e, se não forem interrompidas, levarão a mais inflação, desemprego e danos econômicos", disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, em um comunicado à imprensa.
O processo, que foi aberto no Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos, também busca uma ordem judicial para suspender as tarifas recíprocas mundiais iminentes que foram pausadas no início de abril.
A coalizão também argumentou que Trump violou a Constituição e a Lei de Procedimento istrativo.
Na semana ada, a Califórnia anunciou seu próprio processo contra o governo Trump, também argumentando que o governo Trump não tinha autoridade para impor as tarifas e alegando que causou "danos irreparáveis à Califórnia, seu governador e seus residentes".
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