Em seu comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a anunciar um guidance para as próximas reuniões.

Segundo o colegiado, a Selic deve voltar a subir um ponto nas duas próximas reuniões, em janeiro e março de 2025. O ponto final do ciclo de alta, porém, não foi indicado.

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"A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", afirma o Copom em seu comunicado.

Esta é a primeira vez desde março que os diretores do BC anunciam quais serão seus próximos os. A falta de previsões vinha mexendo com o mercado.

A autarquia vinha buscando tranquilizar os ânimos nesse meio tempo dizendo que seria pior anunciar um guidance com um cenário incerto e, então, ter de mudá-lo; do que deixar de dizer qual seria a orientação. Até então, a posição que o Copom dava em seus comunicados era de observar e aguardar.

Os riscos que vinham sendo levantados eram a desancoragem das expectativas, o risco fiscal e o câmbio deteriorado. Apesar de os temores projetados terem se materializado, de modo que o momento da economia fica mais adverso, "o Comitê avalia que o cenário se mostra menos incerto".

Alta da Selic

Desde que o Copom retomou o ciclo de alta da Selic em setembro, esta é a terceira alta seguida praticada pelos diretores do BC.

Na primeira ocasião, a taxa básica de juros foi elevada em 0,25 ponto, a 10,75% ao ano. Na segunda, em novembro, o colegiado colocou o pé no acelerador, elevando-a em 0,5 ponto, a 11,25%.

A nova aceleração para esta reunião já era esperada, com percepções de deterioração nas contas públicas e, consequentemente, no câmbio, o que levou a desancoragem das expectativas de inflação, que vêm se elevando em relação aos próximos anos.

De acordo com o último boletim Focus, publicado na segunda-feira (9), a mediana dos agentes econômicos vê o IPCA – a inflação oficial do país – encerrando 2025 em 4,59%, resultado acima do teto da meta de inflação do BC.

Já a aposta para a Selic é de que ela continue subindo ao longo do ano, de modo a fechar em 13,5% ao ano.

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