Segundo Castro, a pontuação de Tarcísio subiu de 15,83 para 25,87, a despeito das críticas à política de segurança pública em São Paulo e também da venda de fazenda a Paulo Skaf, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Entre os pontos mais positivos estão a reiteração da importância de Jair Bolsonaro (PL), o bom desempenho em pesquisas e elogios ao caráter técnico de sua gestão.

Tarcísio conseguiu nota positiva (8.1), inclusive em mar aberto – menções por stakeholders: influenciadores, outros politicos e mídia –, o que mostra a força de seu nome no ambiente digital.

Michelle Bolsonaro (PL) mantém tendência de crescimento: de 9,33 em abril para 18,62 em maio. Seu nome ou a ser ventilado como possível candidata à eleição de 2026 entre apoiadores de Bolsonaro.

A ex-primeira dama foi alvo de duas fake news – uma sobre envolvimento no escândalo no INSS, outra sobre tráfico de drogas –, mas saiu fortalecida pela defesa de sua base altamente engajada. A polêmica sobre o vazamento de conversas entre Mauro Cid e Fábio Wajngarten, até o momento, desperta sentimentos antagônicos sobre Michelle, mas nada que freasse o crescimento dela no período.

De acordo com o CEO da Datrix, o escândalo do INSS impactou negativamente a nota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que caiu de 5,90 para 1,77 pontos. Mas lidera nas redes próprias com um IDP de 25,81, mostrando sua força em engajar a base de seguidores. Seu desempenho positivo foi marcado pelos investimentos trazidos em viagem internacional para a China.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), subiu de 4,72 para 13,71. Mesmo tendo um desempenho discreto nas redes próprias, João Paulo Castro observa que o seu posicionamento contra Lula e o PT, no caso das fraudes do INSS, contrabalançou o volume de críticas à sua decisão de propor reajuste salarial a professores inferior ao piso nacional.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União, melhorou o desempenho, equilibrando críticas e elogios: saiu de 3,64 para 8,12. Assim como Tarcísio, Caiado também engajou a base positivamente ao dizer que, caso eleito, daria anistia a Jair Bolsonaro. Com desempenho no mar aberto de -6,10 e nas redes próprias de 14,22, ainda busca tração no ambiente digital.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), cai quase 8 pontos, saindo de 14,93 para 6,94. O motivo reforça um padrão observado nos meses anteriores: ele ainda não era alvo de críticas em um cenário nacional, cita João Paulo Castro.

Em maio, porém, foi apontado em reportagens por desrespeitar leis ambientais e por defender que haja legislações penais próprias nos estados. Sendo o presidenciável com menor desempenho em redes próprias (9,71), Ratinho Junior tem menos mecanismos de sustentação do desempenho digital, prossegue o CEO da Datrix.

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) teve queda relevante: de 9,59 para 1,08, registrando o segundo menor IDP. O mar aberto chegou a -10,04 e sua presença nas próprias redes foi pequena (11,10), o que o deixou vulnerável à repercussão negativa da sua defesa ao ex-ministro Carlos Lupi.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aprofundou desgaste. Já em baixa em abril (-3,06), caiu para -12,03, sendo o presidenciável com menor IDP no mês. Mesmo com redes próprias em alta (19,90), enfrenta forte rejeição no mar aberto (-31,93).

O que é o índice

O IDP combina três grandes dimensões: engajamento nas redes próprias dos presidenciáveis; os comentários em páginas de stakeholders – incluindo influenciadores, imprensa e outros políticos –; e a tonalidade das postagens, que pode ser classificada em muito positiva, positiva, neutra, negativa ou muito negativa.

Através de Inteligência Artificial são extraídos e analisados milhões de dados de plataformas como X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky e YouTube, garantindo uma visão ampla e atualizada a cada momento da performance digital dos presidenciáveis. A partir dessa análise, gera-se uma nota de -100 a +100 para cada presidenciável, refletindo sua performance digital.

 

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