O impacto mais severo foi observado nas florestas tropicais primárias, onde 6,7 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas - uma área equivalente ao território do Panamá. Este número representa quase o dobro do registrado no ano anterior, evidenciando uma aceleração preocupante na destruição desses ecossistemas vitais.

América Latina sob ameaça

A devastação não se limitou a uma região específica, afetando significativamente a América Latina. Países como Bolívia, Belize, Colômbia e outras nações da América Central registraram taxas alarmantes de incêndios florestais, contribuindo para o cenário global de destruição. Assim como, Rússia e Austrália.

No Brasil, a situação é particularmente grave. O país perdeu 2,8 milhões de hectares de florestas tropicais primárias, sendo Amazônia e o Pantanal as regiões mais afetadas. As condições climáticas severas, incluindo secas intensas e aumento das temperaturas, contribuíram para que 2024 se tornasse a pior temporada de incêndios desde o início dos registros em 2022.

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Além dos incêndios: outras ameaças às florestas

O relatório também aponta um aumento de 13% na perda florestal por outras causas, destacando a expansão da agropecuária como um fator significativo. A produção de soja e a criação de gado, especialmente no Cerrado brasileiro, continuam a pressionar as áreas florestais remanescentes.

Uma consequência direta dessa destruição é o aumento nas emissões de gases do efeito estufa, agravando ainda mais a crise climática global. Especialistas enfatizam a urgência de se implementar medidas de conservação e restauração dessas áreas, reconhecendo a conexão intrínseca entre as florestas, as atividades econômicas e a existência das comunidades que habitam esses territórios.

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