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 A projeção do mercado financeiro para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 caiu para o patamar dos 4%. A estimativa nessa semana é de que a atividade econômica recue 4,81%, ante 5% esperado na semana anterior. 

Essa é a primeira vez desde maio deste ano em que previsão do mercado está abaixo de uma queda de 5%. No fim de junho, a expectativa o mercado para a contração do PIB alcançou o pior pico, prevendo queda de 6,54%. 

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Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.

A previsão de recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração. 

Com a melhora nas previsões, reflexo de resultados positivos em alguns indicadores macroeconômicos recentes, a projeção do mercado se aproxima da estimativa oficial da equipe econômica de queda de 4,7%. Na semana ada, no entanto, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, informou que a pasta deve revisar a projeção no início de novembro. 

Vale lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que a recessão econômica do Brasil deve ser em um patamar abaixo dos 4%. 

Apesar de terem melhorado suas expectativas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda veem retração de 5,4% e 5,8% na economia brasileira. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a recessão da economia brasileira seja de 6,5%. 

Inflação 

Os analistas do mercado financeiro também revisaram as projeções para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor ou de 2,65%, previsto na semana ada, para 2,99%, esta semana. Há um mês, a estimativa ainda era de 2,05%, abaixo do piso da meta. 

Para este ano, o centro da meta é de 4,00% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano. 

Apesar de esperar que os juros subam gradualmente em 2021, encerrando o próximo ano em 2,50% ao ano, o mercado não prevê alterações para a taxa até o fim deste ano.

Na quarta-feira (28), o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, definirá a taxa de juros da Selic. Na última reunião, o comitê optou pela manutenção a taxa básica de juros do país em 2% a.a. A expectativa é de que, mais uma vez, a Selic não sofra alterações.

Na ata da última reunião, no entanto, o Comitê informou que, apesar da alta no preço de alguns produtos, coo os alimentos, ainda havia um espaço residual para novo corte de juros no futuro.

"O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno", diz a nota.

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