A comentarista de economia da CNN, Rita Mundim, ressalta como a tarifa dos Estados Unidos sobre as importações de aço são prejudiciais ao Brasil.
"Olha para as empresas negociadas em bolsa e nota como elas vem sofrendo em seus resultados. Com esse tarifaço, o sofrimento é bem maior", apontou ao CNN Arena desta quarta-feira (4).
Ela destaca que, enquanto a Gerdau conseguiu subir por ter globalizado sua operação, CSN e Usiminas sofrem perdas no ano.
Nesta quarta entraram em vigor tarifas de 50% sobre aço e alumínio. O presidente dos EUA, Donald Trump, havia anunciado na semana ada que iria dobrar as tarifas estabelecidas em março a 25%.
Em 2024, os norte-americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”, o que corresponde a 14,9% de todo o grupo que a matéria-prima. Com o valor, o Brasil foi o segundo maior fornecedor aos EUA.
A fatia de alumínio comprado pelos norte-americanos é bem menor, mas isso não impediu a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) de se posicionar contra a medida.
"O Brasil tem que se posicionar, negociar e tentar reduzir essas tarifas", enfatizou Mundim, indicando que o governo federal deve agir coordenadamento com o setor privado.
Ademais, a comentarista ressaltou como a medida acrescenta temor em um setor já conturbado em meio à investigação de possível dumping de aço chinês no Brasil.
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