O levantamento mostrou que a desaprovação da gestão do petista na região que concentra os maiores colégios eleitorais é a mais alta entre as cinco macrorregiões do Brasil.

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Segundo a pesquisa, 64% dos habitantes da região Sudeste desaprovam o governo Lula. Ao mesmo tempo, 32% dizem aprová-lo. Outros 4% não souberam ou não responderam à questão.

Líderes da corrente CNB, que é majoritária no partido, disseram à CNN que estão preocupados com a montagem de palanques para Lula em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

É consenso que não há nomes competitivos do PT nestes três estados.

E mais: os petistas item que a legenda pode ficar sem a vaga de vice para não prejudicar os nomes do “centro democrático” que devem enfrentar a direita bolsonarista.

Um petista de Minas Gerais e outro do Rio de Janeiro defenderam a mesma tese em conversa com a CNN.

O tema pautou a disputa interna para os diretórios petistas em Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Minas Gerais

Petistas relataram que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) teria “voltado ao jogo” e estaria disposto a disputar o governo mineiro em 2026.

Uma fonte próxima ao ex-presidente do Senado ouvida pela CNN disse que Pacheco por ora “não confirma nem descarta” a possibilidade.

Mas que caso ele entre em campo será o candidato de Lula e da esquerda “por gravidade”.

A leitura é que não há espaço para uma terceira via em Minas Gerais.

De um lado estará a direita no palanque com o bolsonarismo e de outro um nome que vai se apresentar como alternativa e discurso de centro moderado.

Lula teria lugar de fala nesse palanque com jeito de “frente ampla”, mas o PT abriria mão de indicar o vice.

Um mineiro petista classificou a fórmula como “modelo Fuad”.

O prefeito de Belo Horizonte que morreu esse ano foi reeleito com o apoio do PT “por gravidade”. Ou seja: deixou claro que era o nome do presidente, mas evitou se associar demais ao partido.

Em Minas Gerais, porém, uma ala do PT é contra essa guinada ao centro e prega que o partido tenha protagonismo na chapa. Ou seja: indique o vice e ainda um dos dois senadores.

Só se fala disso nos debates do PED mineiro.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, é o principal defensor da tese de apoio à candidatura de Eduardo Paes para governador, mas ele enfrenta uma rebelião na Câmara Municipal que pode abalar a relação.

Vereadores petistas votaram contra o armamento da Guarda Civil, o que deixou Paes irritado.

Não são só os cargos de petistas no primeiro escalão da istração da capital que estão em risco.

Em um jantar recente da cúpula do PSD no Emiliano, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas foi tietado por Paes, O prefeito brincou: “Vem para o PSD governador”.

São Paulo

Em São Paulo os petistas já dizem abertamente o que antes sussurravam “em off”, como se diz no jargão jornalístico: Geraldo Alckmin (PSB) precisa disputar o governo e Fernando Haddad (PT) o Senado.

Essa seria a única alternativa para o partido não sofrer uma derrota acachapante no maior colégio eleitoral do País.

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