O início do que tem sendo chamado de "Rota 22" foi justamente no Rio Grande do Norte, onde Bolsonaro, entre uma agenda e outro, sentiu a indisposição que desencadeou o atendimento emergencial.
O organizador é o ex-ministro e atual líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), que é do Rio Grande do Norte e tinha planejado um circuito por diversas cidades até o mês de agosto. O senador deve disputar o governo do estado em 2026.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), a equipe médica que operou Bolsonaro no hospital DFStar afirmou que a previsão é que Bolsonaro fique por cerca de duas semanas internado e que não se pode criar "grandes expectativas de evolução rápida".
O ex-presidente pode ter restrições por cerca de dois a três meses, afirmou médico chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini.
Já o cardiologista Leandro Echenique afirmou que será necessária uma série de cuidados com o pós operatório, diante do risco de infecção, trombose e coagulação do sangue, para além da istração de medicamentos para controle de pressão.
As primeiras 48 horas são consideradas críticas.
Nesta semana, a agenda Rota 22 previa agendas aos municípios de Portoalegre, Patu e Apodi, onde haveria visitas ao Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, que são consideradas centrais para o governo Bolsonaro.
Na sexta-feira, Bolsonaro chegou a participar de um ato no município de Bom Jesus, onde fez diversas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente começou a sentir dores durante o trajeto para a cidade de Tangará.
O planejamento no Rio Grande do Norte incluía o primeiro seminário do Rota 22, em Pau dos Ferros, onde estava previsto um debate com lideranças locais, representantes de setores produtivos e gestores públicos.
Para além do estado, a ideia do Partido Liberal é que a Rota 22 e por outras localidades do nordeste, onde Lula venceu Bolsonaro em 2022, e por outras regiões do país.