Tradicionalmente, o Congresso Nacional é conhecido pelo "espírito de corpo" entre os parlamentares, no qual a união e o apoio mútuo são comuns em situações de dificuldade. No entanto, o caso de Zambelli destaca-se pela notável falta de solidariedade de seus pares.
Apenas algumas manifestações pontuais de apoio foram observadas, como as de Nikolas Ferreira (PL-MG) e do deputado Carlos Jordy (PL-RJ), que questionaram a legalidade da ação contra Zambelli. Essas vozes, contudo, parecem mais focadas em criar um contraponto a Alexandre de Moraes do que em defender diretamente a deputada.
A estratégia de Zambelli de se apresentar como vítima de perseguição política do Supremo Tribunal Federal encontra obstáculos devido ao seu próprio isolamento. Mesmo dentro do PL, partido de Jair Bolsonaro, a deputada enfrenta resistência, com aliados do ex-presidente buscando distanciamento.
Um interlocutor próximo a Bolsonaro chegou a expressar incômodo com a associação entre Zambelli e Eduardo Bolsonaro, indicando uma clara separação entre os dois no campo político. Essa distinção ressalta o desafio da deputada em angariar apoio, mesmo entre aqueles que compartilham sua orientação política.
O isolamento de Zambelli levanta questionamentos sobre sua capacidade de resistir à pressão legal e política. A possibilidade de extradição, mencionada por autoridades, adiciona uma camada de complexidade à sua situação, tornando ainda mais crítica a falta de uma rede de apoio político sólida.