A informação de que a empresa seria oficiada foi antecipada na última terça-feira (7) pela CNN. No ofício de 14 páginas obtido pela reportagem, o MPF alerta sobre responsabilidade por conteúdos e pede que a Meta:

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O ofício foi encaminhado dentro de um inquérito civil que tramita desde 2021 e que apura a responsabilidade das big techs nos conteúdos postados.

No documento, o MPF menciona que “na base de tal investigação, está a percepção de que, sem prejuízo de eventuais novas legislações que possam ser aprovadas sobre regulação de plataformas digitais no futuro, já existe um arcabouço normativo hoje vigente no Brasil, que impõe deveres, aos responsáveis por provedores de aplicação que operam em nosso país, de adotar providências a fim de que seus produtos e serviços não afetem, estruturalmente, direitos fundamentais de nossos cidadãos e nossas cidadãs”.

O MPF diz ainda que “se em dada plataforma digital se adota uma política de moderação praticamente zero para conteúdos socialmente danosos, ou se ela não dispõe de canais mínimos pelos quais seus usuários podem reportar violações a termos de uso e a regras de comunidade, para medidas cabíveis, estamos diante de situações que podem implicar culpa própria desses provedores, por vícios no desenho de seus produtos, capazes de trazerem graves prejuízos a centenas de milhões de pessoas, e de fundamentar, por consequência, responsabilidades civis a ser apurada judicialmente”.

*Com colaboração de João Rosa

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MetaMPF (Ministério Público Federal)