O incidente mais recente aconteceu em Goiás, onde um motorista perdeu a vida em uma colisão de baixa velocidade. O airbag, ao se inflar, liberou estilhaços de aço a uma velocidade de aproximadamente 300 km/h, causando ferimentos fatais. O mais alarmante é que o veículo em questão já havia sido convocado para o recall gratuito, mas o proprietário não atendeu ao chamado.
Estima-se que cerca de 2,5 milhões de automóveis no Brasil ainda estejam circulando com airbags potencialmente letais. Este número é parte de um recall global que afetou mais de 100 milhões de veículos, levando inclusive à falência da Takata, que não conseguiu ar o custo das substituições necessárias.
Feldman enfatiza a importância de os proprietários verificarem se seus veículos estão incluídos no recall. "É só você ligar para o 0800 da fábrica, para o serviço de atendimento ao consumidor, dar o número do seu chassi, que eles vão te dizer se seu carro tem que ir na concessionária trocar o airbag", explica o especialista.
Ele também critica o fato de alguns motoristas acreditarem que acidentes só acontecem com outras pessoas. E ressalta que, mesmo sendo um condutor cuidadoso, é impossível prever as ações de outros motoristas na via, tornando a manutenção e a segurança do veículo essenciais.
A substituição dos airbags defeituosos é realizada gratuitamente pelas concessionárias. No entanto, muitos proprietários ainda não levaram seus veículos para a troca, seja por desconhecimento, negligência ou a falsa sensação de segurança.
Feldman conclui com um apelo aos motoristas: "Agora, se você acha que acidente só acontece com os outros, continue rodando com seu carro sem levá-lo para a concessionária trocar de graça esses airbags". A mensagem é clara: a segurança deve ser prioridade, e ignorar o recall pode ter consequências fatais.