No mercado brasileiro, o termo motociclo é, muitas vezes, utilizado para abranger esses dois tipos de veículos de duas rodas com motor de propulsão, seja elétrico ou a combustão. Pela legislação de trânsito, os motociclos são consideradas motonetas e têm como principal diferença para a motocicleta convencional a posição de pilotar.
Embora possam parecer similares em algumas características, scooters e cubs têm diferenças marcantes que influenciam na escolha do modelo ideal. Uma das distinções mais evidentes entre scooters e cubs está na posição de pilotagem.
Nas scooters, o condutor permanece sentado, com as pernas voltadas para frente, independentemente de o assoalho ser plano ou possuir uma divisão. Já nas motonetas cub, a posição é mais próxima de uma motocicleta convencional, em que o piloto vai montado no veículo.
Se considerar apenas a posição de conduzir, as motos cubs poderiam ser consideradas motocicletas. No entanto, têm motores de baixa cilindrada. Ou seja, na dinâmica do mercado, acabam concorrendo com as scooters.
Um exemplo da diferença entre scooters e cubs está nos modelos Yamaha NMax e Honda Biz. Apesar da NMax possuir uma base dividida para os pés, ela é classificado como um scooter porque o piloto permanece sentado. Já a Honda Biz, apesar do design lembrar uma scooter, é tecnicamente uma moto cub devido à posição de pilotagem.
As scooters costumam oferecer um bagageiro sob o banco do piloto, muitas vezes suficiente para acomodar o capacete. Já as cubs nem sempre possuem porta-objetos integrados, o que pode limitar sua funcionalidade no dia a dia.
Outro ponto que diferencia os dois segmentos é o sistema de transmissão. Scooters geralmente utilizam câmbios automáticos do tipo CVT (transmissão continuamente variável), o que simplifica a condução. O piloto só precisa acelerar ou frear.
Já nas motonetas, o câmbio é semiautomático, ou seja, é necessário trocar marchas utilizando um pedal. No entanto, o processo é facilitado, pois não é necessário acionar uma embreagem manual.
Os scooters geralmente possuem motores compactos localizados sob o assento e são projetados para uso predominantemente urbano. Suas rodas menores e suspensões de curso curto oferecem conforto em vias pavimentadas, mas não se destacam em terrenos irregulares.
Por outro lado, os cubs, com motores posicionados na parte frontal, são mais robustas para enfrentar pisos irregulares. Embora sejam limitados em termos de desempenho, com motores de baixa cilindrada, oferecem uma combinação interessante de mobilidade urbana e capacidade para lidar com as condições das esburacadas ruas brasileiras.
Em termos de popularidade, as cubs têm dominado o mercado brasileiro, graças à Honda Biz. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o modelo lidera o segmento com mais de 278 mil unidades no ano.
Já os scooters, como o Honda PCX 160 e o Yamaha NMax, também possuem um público fiel, embora representem uma parcela menor do mercado. Para optar por uma ou outra, é importante considerar o orçamento e as condições das ruas e estradas por onde o usuário vai transitar.