Se houve tempos em que restava ao motociclista brasileiro apenas irar as imagens e sonhar com o dia em que os modelos fossem lançados por aqui, a realidade mudou bastante nos últimos anos, assim como as opções à disposição.

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1 - Yamaha Téneré 700

A bicilíndrica aventureira da marca japonesa com inspiração nos ralis e um nome que é pura tradição já havia carimbado o aporte para desembarcar no Brasil em 2025 – a abertura da pré-venda está prevista para o primeiro trimestre do novo ano. No EICMA, a Yamaha revelou novidades para a máquina. O tanque foi redesenhado e avançado para favorecer a pilotagem tanto na terra quanto no asfalto; a suspensão dianteira agora é totalmente regulável. A iluminação na dianteira é garantida por quatro farois em LED posicionados dois a dois e um novo TFT de 6.3 polegadas em posição vertical marca presença. Além disso, uma versão com menor altura do assento em relação ao solo e suspensões de curso reduzido a a ser opção para os mais baixos.

2 - Honda XL750 Transalp

Assim como a Ténéré, a Honda Transalp, em configurações anteriores, foi vendida no mercado brasileiro. Com um nome igualmente lendário, ela voltou às estradas e trilhas (lá fora) em 2023, inspirada na geração original, de 1986, mas, diferentemente da rival, não tem chegada confirmada no país. A oportunidade, no entanto, é boa demais para ser desperdiçada pela maior fabricante de motocicletas do planeta. Entre as opções on/off-road da marca, existe hoje um espaço inexplorado entre a dupla XR 300 Tornado / Sahara e a aventureira Africa Twin, de 1.100cc. Que pode perfeitamente ser ocupado por essa bicilíndrica equipada com o mesmo motor da Hornet; suspensão dianteira Showa e uma ciclística bastante esbelta.

3 - Suzuki GSX-S1000GX

A J.Toledo, representante da Suzuki no Brasil, confirmou a chegada da crossover GSX-S1000GX ao país no ano que vem. Se incorpora elementos aventureiros e um visual inspirado no off-road, ela é mais direcionada a longos eios no asfalto, com conforto e performance – a V-Strom 1050 é o modelo da marca com maior vocação para a terra. Seu coração é o motor quatro cilindros em linha 998cc que já equipou as superbikes da Suzuki. A GSX-S1000GX inaugura o sistema SAES de suspensão, que controla eletronicamente o amortecimento e a pré-carga de acordo com a velocidade do veículo.

4 - Morini X-Cape 650

Ainda entre as aventureiras, a X-Cape 650 é um dos modelos que marcarão o início das operações da Moto Morini no país. A tradicional fabricante italiana hoje é controlada pelo grupo chinês Zhongneng e aposta no conceito Adventouring (a mistura de adventure e touring) para a máquina empurrada por um bicilíndrico refrigerado a água de 60cv. Linhas angulosas e com personalidade própria garantem o porte da X-Cape, com destaque para o conjunto formado pela carenagem generosa e o tanque de combustível de 18 litros. Freios Brembo e o TFT de 7 polegadas fazem parte do conjunto.

5 - BMW Concept F 450 GS

Como o próprio nome indica, temos aqui um conceito, e não uma moto de produção. A depender do discurso dos alemães, no entanto, é apenas questão de tempo para que uma versão definitiva seja oferecida aos consumidores, o que deve acontecer já em 2025. A ideia aqui é trazer o conceito das lendárias GS para um modelo de média cilindrada, mais ível a motociclistas menos experientes, e igualmente com uma vocação on/off-road. O visual, com detalhes como a carenagem integrada ao tanque e a frente "bicuda", reforça o parentesco com as irmãs maiores. O motor é um bicilíndrico com 48cv de potência. A promessa da BMW é de lançar um produto final muito próximo ao que foi apresentado, provavelmente trocando alguns componentes (rodas por exemplo) por alternativas mais baratas.

6 - KTM 390 Adventure

A marca austríaca que ganhou fama pela eficiência no off-road resolveu mexer em sua pequena aventureira, equipada com o mesmo monocilíndrico de 390cc presente na Duke. A geração anterior não se destacou pelo visual, que mais lembra uma moto de asfalto equipada com carenagem e alguns componentes para tentar ar uma impressão off-road. Para-lama elevado; carenagem inspirada nas máquinas de rally e linhas mais bem resolvidas conferem maior personalidade à pequena que, com preços competitivos, pode encontrar seu espaço em um segmento hoje dominado pela Honda Sahara.

7 - Morini Seiemezzo

Os italianos da Morini não pensam apenas em quem quer colocar as rodas na terra em sua seleção de modelos para o Brasil. A Seiemezzo (seis e meio, em português, referência aos 650cc do motor bicilíndrico) traz inspiração das Cafe Racer e das Scrambler, sem carenagem e grandes firulas, apostando na simplicidade e nas sensações de pilotagem (o conceito de Ride Freedom). Os 60cv disponíveis parecem suficientes para garantir a diversão.

8 - Suzuki GSX-8R

Também com início das vendas previsto para 2025, a GSX-8R é uma versão carenada e com uma pegada mais esportiva da GSX-8S, já disponível no Brasil. Os semiguidões e alguns ajustes na ciclística a diferenciam da irmã, embora com a mesma proposta de versatilidade. O motor é um bicilíndrico em linha com interessantes 83cv.

9 - Triumph Tiger Sport 660

A Tiger Sport 660 é a porta de entrada para a gama de motocicletas aventureiras da Triumph. Para 2025, ela ganha em tecnologia, com a adoção de um terceiro modo de pilotagem (Sport); além do cruise control e do controle de tração como itens de série. O motor tricilíndrico de 660cc entrega 81 cv, agora com um sistema de trocas rápidas de marcha (Triumph Shift Assist) para aproveitar ainda mais seu desempenho.

10 - Ducati Panigale V2

Opção da Ducati para o segmento das Supersport (as esportivas puras de cilindrada intermediária), a Panigale V2 chegou ao mercado trazendo as mesmas soluções tecnológicas e um visual inspirado na Panigale V4. Para 2025, a marca italiana resolveu caprichar ainda mais: desenvolveu um novo motor V2 de 890cc e 120cv, com ângulo de 90º entre os cilindros, 5,4 kg mais leve que o anterior. Também economizou peso no chassi monocoque, o que fez a máquina perder ao todo 15kg em relação à antecessora. A nova Panigale V2 ganha o mesmo sistema de trocas rápidas de marcha Ducati Quick Shift 2.0 da V4, além de um novo TFT de 5 polegadas. Um conjunto pronto para devorar quilômetros a altas velocidades que, por enquanto, não tem venda prevista no Brasil. Mas se encaixaria bem para brigar com rivais como a Triumph Daytona e a Kawasaki ZX-6R.

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